Mundo - Os conselhos da montadora francesa PSA, dona da Peugeot, e da Fiat Chrysler (FCA) aprovaram, na quarta-feira (18/12), um acordo de fusão de seus negócios, que criará a quarta maior fabricante de automóveis do mundo, informa um comunicado conjunto distribuído pelas duas companhias. Atualmente, o trio que lidera o mercado mundial de automóveis, em número de vendas, é atualmente composto pelo grupo alemão Volkswagen, a aliança franco-japonesa Renault-Nissan e a japonesa Toyota, nesta ordem. A nova empresa, cujo nome ainda não foi definido, entidade, terá mais de 400 mil funcionários e um faturamento consolidado de cerca de € 170 bilhões ( o equivalente a US$ 190 bilhões) e vendas anuais de 8,7 milhões de veículos, sob as marcas Fiat, Alfa Romeo, Chrysler Citroën, Dodge, DS, Jeep, Lancia, Maserati, Opel, Peugeot e Vauxhall. "Essa parceria fornecerá recursos de investimento reforçados para a nova entidade, a fim de enfrentar os desafios de uma nova era de mobilidade durável. Também irá gerar sinergias em um ano estimado de cerca de € 3,7 bilhões, sem fechamento de fábricas relacionadas a essa transação", diz o comunicado das duas montadoras, que acrescenta que a conclusão da fusão deve ocorrer em 12 a 15 meses. A sede da empresa mãe da nova entidade ficará na Holanda, mas suas ações continuarão sendo negociadas nas bolsas de Paris, Milão e Nova York. John Elkann, atual presidente da Fiat Chrysler Automobil (FCA) e herdeiro da família Agnelli, presidirá o novo conselho de administração, e Carlos Tavares, até agora presidente do conselho do grupo PSA, será o diretor geral do novo grupo.
Dividendos aos acionistas
"Nossa fusão representa uma oportunidade formidável para adquirir uma posição mais forte na indústria automobilística, quando realizamos uma transição para uma mobilidade limpa, segura e durável e queremos oferecer aos nossos clientes produtos, tecnologias e serviços do melhor nível", afirmou Tavares, em teleconferência com a imprensa. "É a união de duas empresas de marcas emblemáticas e trabalhadores muito comprometidos. As duas empresas passaram por tempos difíceis e tornaram-se grandes grupos ágeis e inteligentes", disse Mike Manley, presidente executivo da FCA.
Fonte: O Globo, com agências internacionais