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Novembro de 2024
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Mutilação genital

Mulher é condenada a 11 anos de prisão por mutilação genital da filha no Reino Unido

As mutilações genitais são "uma prática cruel e um crime grave

Foto: Siegfried Modola/Reuters
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Mulher no Quênia usa camiseta escrito parem com o corte, em protesto contra a mutilação genital feminina

20 dezembro, 2019

Londres (Reino Unido) - Uma mulher de 37 anos nascida em Uganda foi condenada  em Londres a 11 anos de prisão por mutilação genital de sua filha de três anos. Ela se tornou, no mês passado, a primeira pessoa condenada no Reino Unido por este crime. As mutilações genitais são "uma prática cruel e um crime grave", declarou a juíza. Segundo a magistrada, o ato leva a criança a carregar "um fardo significativo que dura toda a vida". "É um crime contra as mulheres, que lhes é infligido particularmente quando são jovens e vulneráveis", acrescentou. Os pais haviam levado a criança coberta de sangue ao hospital em agosto de 2017. Eles afirmaram que ela havia caído de um móvel da cozinha e havia se machucado com a quina da porta metálica de um armário. No entanto, todos os interrogados durante o julgamento refutaram a versão da família.

Mutilação genital

A mutilação genital feminina consiste em um ritual de corte do clitóris e dos pequenos lábios da vulva da menina. A prática é ilegal no Reino Unido desde 1985. Porém, desde então, a lei recebeu emendas para permitir o julgamento das pessoas que levam crianças ao exterior para fazer o procedimento. A juíza também condenou a mulher a mais dois anos em outro processo por posse de imagens indecentes e pornografia extrema. Ela deverá cumprir depois da primeira. O pai da vítima, um ganense de 43 anos, também foi julgado pela mutilação da menina, mas acabou absolvido. Ele, porém, foi condenado a 11 meses de prisão – pena que já cumpriu – pela posse de tais imagens.

Fonte: France Presse / Poptvnews