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Médico cearense recebe vacina contra o coronavírus nos Estados Unidos

“Como médico, eu tenho que mostrar que essa vacina é segura e necessária, dar o exemplo à população" - André Abreu, 44 anos, médico urologista

Foto: Divulgação
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André Abreu, de 44 anos, médico urologista

19 dezembro, 2020

Califórnia  (EUA) - Mais um brasileiro foi vacinado contra o novo coronavírus. O urologista cearense André Abreu, de 44 anos, foi um dos profissionais da saúde imunizados nos Estados Unidos, onde mora e trabalha há dez anos. A primeira dose foi aplicada na  quinta-feira (17/12), e a segunda deve ser feita daqui a 20 dias. “Eu não trabalho na linha de frente, mas estou no hospital todos os dias. Achei que não fosse ser selecionado para receber a vacina, mas, para a minha surpresa, recebi um e-mail da Universidade do Sul da Califórnia, que é onde eu trabalho, dizendo que eu poderia ser vacinado. Me deram cinco dias para escolher, e eu respondi de imediato”, disse o médico ao portal G1. Formado em medicina pela Universidade Federal do Ceará (UFC), Abreu foi contratado pela Universidade do Sul da Califórnia para trabalhar como urologista. Ele recebeu o imunizante da Pfizer, aprovado pela FDA, agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, e o comparou com a vacina da gripe, que toma anualmente. “É praticamente indolor. Recebi ontem e não tenho nenhum efeito colateral, estou me sentindo muito bem. O local da aplicação tem um pouco de dor, o que é comum a qualquer injeção, e nada mais que isso. Conversei com outros colegas que tomaram, e nenhum deles sentiu nada”, afirmou. Segundo ele, após a aplicação, não foram feitas contraindicações em relação ao consumo de alimentos, bebidas ou atividades físicas. Abreu precisará receber uma dose de reforço em daqui três semanas. “Como médico, eu tenho que mostrar que essa vacina é segura e necessária, dar o exemplo à população. Fui afortunado de estar aqui no momento e ter sido escolhido. A vacina é segura, existem órgãos de regulamentação para avaliar a eficácia e a segurança desta vacina, esses órgãos são sérios. Todos os medicamentos que usamos hoje passaram por isso”, declarou. “Quando me ofereceram, a minha vontade era de passar a vacina para minha esposa e para os meus pais, nem queria para mim mesmo. Mas, recebendo, eu provavelmente não vou adoecer e nem trazer a doença para a minha casa. Minha esposa e meus filhos não vão adoecer, e essa corrente se propaga para outras pessoas”, completou o urologista.

Fontes: www.poptvnews.com.br / Colaboradores