Sexta-feira, 27 de
Dezembro de 2024
Mundo

Humilhação

Mãe fazia bullying virtual contra a própria filha, diz polícia

Segundo informações das autoridades policiais, mais de mil páginas foram descobertas com conteúdos que são considerados 'humilhantes', 'desmoralizantes' e 'maldosos'

Foto: Divulgação
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Bullying virtual era feito pela própria mãe

25 dezembro, 2022

Uma adolescente de Michigan, nos Estados Unidos, tomou um susto ao descobrir após um ano a origem do bullying que estava sendo submetida. Foi revelado que os ataques virtuais sofridos por ela e seu namorado partiram da sua própria mãe. Segundo informações das autoridades policiais, mais de mil páginas foram descobertas com conteúdos que são considerados 'humilhantes', 'desmoralizantes' e 'maldosos'. Após investigações que duraram um ano, na qual especialistas do FBI foram acionados para localizar o culpado, Kendra Gail Licari, de 42 anos, foi acusada no início desta semana. Mesmo utilizando VPN (rede virtual privada) na tentativa de disfarçar a origem das mensagens e utilizar gírias para parecer que os ataques estavam partindo de um adolescente, ela foi descoberta. O caso foi levado às autoridades locais pela própria causa em janeiro de 2021. A mãe da adolescente tinha se unido à mãe do namorado de sua filha para tentar localizar o anônimo responsável pelos ataques, segundo informações do tabloide britânico Daily Star. Por não ter recursos para atuar na investigação, a polícia local levou o caso à polícia federal, que conseguiu identificar centenas de mensagens que estavam vindo do telefone de Licari tendo como alvo os dois menores de idade, as idades deles não foram reveladas. Ao ser confrontada, a acusada admitiu a autoria dos ataques. O promotor David Barberi, do condado de Isabella, afirmou ao jornal americano The Morning Sun, que Licari é acusada de cinco tipos de crimes. Entre eles, por ter se envolvido em uma 'sofisticada campanha de assédio' contra os dois adolescentes menores de idade, ao utilizar uma rede privada para mascarar sua identidade e por conta da tentativa de tentar incriminar outro menor como responsável pelo crime. Barberi também afirmou que a mãe da adolescente também estava usando "uma identidade específica, mas, em vez disso, fazia parecer que os ataques vinham de colegas da mesma idade dos dois adolescentes. Isso incluía o uso de gírias e abreviações associadas à comunicação por texto". Após a acusação, Licari foi solta sob fiança de 5 mil dólares, o que equivale a R$ 26.300. Ela que não revelou o que motivou os ataques ainda voltará ao tribunal no dia 29 de dezembro para que possa ser determinado pela Justiça se há provas suficientes para que o julgamento possa prosseguir.