Domingo, 29 de
Dezembro de 2024
Mundo

República de Banana

Imprensa internacional ridiculariza desfile de tanques de Bolsonaro: “República de Banana”

O jornal britânico The Guardian chamou o ato de “desfile de República de Banana”

Foto: REUTERS/Adriano Machado
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Tanques da Marinha em desfile em frente ao Palácio do Planalto nesta terça (10/8) em Brasília

10 agosto, 2021

Brasília (DF) - A imprensa internacional ridicularizou o desfile de tanques organizado pelo presidente Jair Bolsonaro nesta terça-feira (10/8) em Brasília. O jornal britânico The Guardian chamou o ato de “desfile de República de Bananas” e ainda comentou que aliados do presidente usaram imagens de desfiles na China em postagens sobre o evento. O jornal também destacou que o ato durou “apenas dez minutos” e que os tanques soltavam fumaça. Ainda cita a baixa presença de apoiadores e que críticos classificaram o desfile de “fiasco”.  O jornal francês Le Monde destacou que o desfile era “inédito” nos 30 anos da democracia, em um momento de queda de popularidade de Bolsonaro diante da morte de 564 mil pessoas no Brasil devido à pandemia da covid-19. A publicação afirma que há no Brasil um temor de um “cenário a la Trump”, numa situação de um presidente que se recusa a deixar o poder. "Bolsonaro, que sabe que as instituições de Brasília são mais frágeis que as de Washington, não faz nada para dar garantias”. E le mbraram declaração do presidente, em janeiro: “Se não tivermos voto impresso em 2022, teremos um problema pior que nos EUA”. Em Portugal, Bélgica, Canadá ou Estados Unidos, a imprensa também fez uma relação entre o desfile e a situação pouco confortável de Bolsonaro nas eleições de 2022. O comboio da Marinha atravessou, nesta terça-feira (10/8) a Esplanada dos Ministérios e desembarcou em frente ao Palácio do Planalto para entregar ao presidente Jair Bolsonaro e ao ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, o convite do maior exercício militar da Marinha, a Operação Formosa, no dia 16. O desfile dos tanques das Forças Armadas aconteceu no dia em que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), marcou a votação, em plenário, da PEC do voto impresso, defendida por Bolsonaro.