EUA - Um homem condenado pelo homicídio de uma criança foi executado com injeção letal na sexta-feira (28/8), tornando-se o quinto preso federal submetido à pena de morte nos Estados Unidos em dois meses. Keith Nelson, de 45 anos, foi declarado morto no presídio Terre Haute, no estado de Indiana, meio-oeste americano, informaram seus advogados. Nelson foi sentenciado à pena capital em 2003 pelo rapto de uma menina de 10 anos enquanto ela andava de patins em frente à sua casa no Kansas, em 1991. Ele estuprou e depois estrangulou a criança, abandonando seu corpo no estado vizinho do Missouri. A maioria dos crimes cometidos nos Estados Unidos são julgados em cortes estaduais, alguns dos quais são autorizados a aplicar a pena capital. Mas cortes federais podem assumir e tratar os casos mais graves ou crimes cometidos em várias jurisdições. As cortes federais raramente sentenciam à morte e mais raramente levam as penas a termo. De 1988 até julho deste ano, apenas três pessoas em corredores da morte federais foram executadas. No entanto, durante o governo do presidente Donald Trump, um firme defensor da pena de morte, as execuções aumentaram. O bilionário republicano, que disputará a reeleição em 3 de novembro, tem defendido a expansão do uso da pena capital, particularmente para presos condenados pelo homicídio de policiais ou crianças, bem como para traficantes de drogas. Cinco pessoas foram executadas desde julho, incluindo Nelson e Lezmond Mitchell, o único indígena americano no corredor da morte, apesar da oposição da nação Navajo, à qual pertencia. A pena de morte está em declínio nos Estados Unidos. Apenas um punhado de estados, particularmente no sul do país, ainda a aplicam. Vinte e duas execuções foram realizadas em 2019 e 12 desde o início de 2020. O apoio à pena de morte tem diminuído entre a população em geral nos Estados Unidos, mas permanece alta entre os eleitores republicanos.
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