Terça-feira, 24 de
Dezembro de 2024
Mundo

Avanço

Estudo de Oxford vê dexametasona como grande avanço no tratamento da Covid-19

Peter Horby, pesquisador e co-líder do teste, disse que a dexametasona é "o único remédio até agora que reduziu a mortalidade — e a reduz significativamente"

Foto: Divulgação
post
Covid-19

16 junho, 2020

Inglaterra (Reino Unido) - Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Oxford, na Inglaterra, aponta a dexametasona, um esteroide barato e amplamente usado, como um "grande avanço" no combate à doença respiratória provocada pelo novo coronavírus. Resultados de testes anunciados na terça-feira (16/6) mostraram que a dexametasona, que é usada para diminuir inflamações de outras doenças, reduziu as taxas de mortalidade em cerca de um terço entre pacientes de Covid-19 hospitalizados em estado grave. "Este é um resultado que mostra que, se pacientes que têm Covid-19 e estão ligados a ventiladores ou no oxigênio recebem dexametasona, isso salvará vidas, e o fará a um custo notavelmente baixo", disse Martin Landray, professor da Universidade de Oxford e co-líder do teste conhecido como Recovery. Entre os pacientes de Covid-19 que não precisavam de auxílio respiratório, não houve benefício com o tratamento de dexametasona. "Será muito difícil qualquer remédio substituir este, dado que, por menos de 50 libras esterlinas (cerca de 325 reais), você pode tratar oito pacientes e salvar uma vida", disse. Peter Horby, pesquisador e co-líder do teste, disse que a dexametasona é "o único remédio até agora que reduziu a mortalidade — e a reduz significativamente". "É um grande avanço", afirmou. "A dexametasona não é cara na prateleira e pode ser usada imediatamente para salvar vidas em todo o mundo." Atualmente, não existem tratamentos ou vacinas aprovados contra Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, que já matou mais de 431 mil pessoas globalmente. O teste Recovery comparou as reações de cerca de 2.100 pacientes, que foram designados de forma aleatória para receber o esteroide, com cerca de 4.300 pacientes que não receberam o medicamento.

Fontes: CNN  Brasil / www.poptvnews.com.br