Washington (EUA) - A sessão do Congresso dos Estados Unidos foi interrompida e o plenário totalmente evacuado após o prédio do Capitólio ser cercado e invadido por apoiadores do presidente Donald Trump, na tarde de quarta-feira (6/1), em Washington. Imagens mostram invasões de manifestantes em setores do prédio em uma tentativa de evitar que o Senado certifique a vitória de Joe Biden no Colégio Eleitoral para assumir a presidência dos EUA no dia 20 de janeiro.
Acompanhe os desdobramentos da invasão ao Capitólio
'Nossa democracia está sendo atacada', diz Biden em pronunciamento Trump pede que invasores do Capitólio deixem o prédio: 'vão para casa em paz' Mulher é baleada dentro do Capitólio e socorrida em estado crítico 'O presidente nos convidou e não iremos sair', diz apoiador de Trump Kamala Harris, vice eleita, é removida para local seguro e secreto Vice-presidente e presidente do Senado, Mike Pence, é escoltado e nega pedido de Trump
Invasão do Capitólio é destaque na imprensa internacional
A prefeita de Washington, Muriel Bowser, decretou um toque de recolher que impede qualquer circulação de pessoas nas ruas da cidade a partir das 18 horas no horário local - 20 horas no horário de Brasília — até às 6 horas de quinta-feira (7/1). Segundo informações da GloboNews, uma ala do Capitólio teve de ser evacuada por suspeita de bomba. Imagens registradas por jornalistas norte-americanos e correspondentes brasileiros mostram dezenas de pessoas inicialmente tentando invadir o prédio, e depois de fato nas salas interiores do Capitólio. Até agora, há o registro de, ao menos duas detenções, além do uso de gás lacrimogêneo e confronto entre a polícia do Congresso e apoiadores de Trump. Os senadores foram orientados a retornarem para seus escritórios, enquanto parte da imprensa e servidores estão sendo constantemente deslocados pelos corredores do Capitólio. A polícia do Congresso também orientou os senadores a colocarem suas máscaras de gás, que cada um possui em seu gabinete, como forma de prevenção. Mike Pence, vice-presidente dos EUA e presidente do Congresso, que seria responsável por comandar a sessão que reconhecerá Biden como presidente eleito, foi retirado às pressas do prédio do Capitólio.
Trump pede paz a apoiadores
Horas após inflamar seus seguidores, reunidos no Parque Elipse, ao lado da Casa Branca, em um discurso no qual voltou a questionar a legitimidade das eleições e cobrar uma marcha até o Congresso, Donald Trump postou um pedido para que seus apoiadores não entrem em confronto com a polícia do Capitólio. Nas redes sociais, Trump também atacou a decisão de Pence de não impedir a certificação da vitória de Biden. “A Constituição me impede de reivindicar autoridade para determinar quais votos eleitorais devem ser contados e quais não devem”, afirmou Pence em nota divulgada enquanto a sessão conjunta do Congresso começava a certificar os votos do Colégio Eleitoral. A declaração foi divulgada depois que Trump pediu a Pence em um comício em Washington para se recusar a certificar os votos. Donald Trump criticou o vice logo após sua manifestação. "Mike Pence não teve a coragem de fazer o que deveria ter sido feito para proteger nosso país e nossa Constituição", tuitou Trump. "Os EUA exigem a verdade!". Do lado de fora do Capitólio, o confronto entre policiais foi violento. No domingo (3/1), foram vazadas conversas entre Donald Trump e Brad Raffensperger, principal autoridade eleitoral do estado da Georgia. No diálogo, Trump pediu a Raffensperger que “achasse” votos no estado para reverter o resultado eleitoral. Mesmo sendo republicano, Raffensperger disse que foi pressionado por Trump e julgou como inapropriada a conversa que teve com o presidente.
Fontes: GloboNews / Yahoo Notícias / www.poptvnews.com.br