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Dezembro de 2024
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Repercussão

Bolsonaro inelegível: decisão do TSE repercute na imprensa internacional

Os principais jornais e veículos de comunicação do mundo noticiaram a decisão do Tribunal Superior Eleitoral de proibir o ex-presidente de concorrer às eleições até 2030

Foto: Reprodução/JN
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Bolsonaro inelegível: decisão do TSE repercute na imprensa internacional e no meio político

30 junho, 2023

Políticos de oposição e aliados de Jair Bolsonaro falaram sobre a decisão do Tribunal Superior Eleitoral. Assim que a maioria dos ministros do TSE confirmou a inelegibilidade de Jair Bolsonaro, a repercussão começou. O senador Flávio Bolsonaro, do PL, filho do ex-presidente, escreveu que o TSE deu a Bolsonaro uma vitória moral. “Ficou claro a todos os brasileiros que ele é uma pessoa do bem, que não merecia nem havia fundamento legal para ser injustiçada”, afirmou Flávio Bolsonaro. O senador Eduardo Braga, líder do MDB, comemorou a decisão do Tribunal Superior Eleitoral. “Ao formar maioria pela inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro, TSE nos reafirma que a democracia é inegociável, e o nosso sistema eleitoral segue imune a qualquer manobra”, disse. Ministro do governo Bolsonaro e atual líder da oposição no Senado, o senador Rogério Marinho (PL) disse que vai defender o que chamou de “legado" do ex-presidente Jair Bolsonaro. “As pessoas podem ficar pelo caminho, mas as ideias não morrem, as ideias não perecem, as ideias continuam, porque elas foram incorporadas por uma parcela significativa da população brasileira. Esse é um legado que vamos passar para os nossos filhos e nossos netos”, declarou. Ao chegar ao Ministério da Fazenda, o ministro Fernando Haddad disse que as decisões do Poder Judiciário devem ser respeitadas“As pessoas podem recorrer, as pessoas podem reclamar para outro poder. Podem apresentar uma objeção, uma reclamação. É assim que vai se processando. Agora, tudo tem que ser apurado. A verdade tem que vir em primeiro lugar, e temos de respeitar e fortalecer o Poder Judiciário neste momento, fortalecer o Poder Judiciário”, afirmou Haddad. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) que foi ministro do então governo Bolsonar, escreveu que “a liderança do presidente Bolsonaro como representante da direita brasileira é inquestionável e perdura”. O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou que do julgamento emanam importantes mensagens; que mentir não é ferramenta legítima para o exercício de uma função pública; que política não é regida pela lei da selva, em que o mais forte pode tudo; e concluiu: a democracia venceu o mais duro teste de estresse das últimas décadas. O general Braga Netto, que foi candidato à vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro e inocentado no mesmo julgamento, criticou a decisão do TSE. “Não apenas o direito de Bolsonaro foi invalidado, mas também a prerrogativa de milhões de brasileiros de escolher democraticamente seu representante”, disse. O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeira, afirmou que "o TSE tornou inelegível um homem que jamais soube respeitar o cargo que ocupou. Que nunca demonstrou ser digno do mandato que recebeu do povo brasileiro". Presidentes de partidos também se manifestaram. Valdemar Costa Neto, presidente do PL, partido de Jair Bolsonaro, afirmou em uma rede social que o ex-presidente foi punido por falar. “Não tem como acreditar no que está acontecendo: a primeira vez na história da humanidade que um ex-presidente perde os direitos políticos por falar”, disse.
A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann, escreveu que a decisão do TSE foi didática. “O tribunal condenou os métodos da extrema-direita, como a disseminação industrial de mentiras, as ameaças à democracia, o uso da máquina pública para perseguir adversários e prevalecer na disputa eleitoral”, escreveu. O presidente Lula estava em Viamão, no Rio Grande do Sul, participando de uma cerimônia do Minha Casa, Minha Vida. Quando a decisão do TSE foi confirmada, participantes gritaram “inelegível”, em referência a Bolsonaro. Lula não fez nenhum comentário. Os principais jornais e veículos de comunicação do mundo noticiaram a decisão do TSE de proibir o ex-presidente Bolsonaro de concorrer às eleições até 2030. Os sites destacaram que a maioria dos ministros considerou Bolsonaro inelegível por abuso de poder e por disseminar informações falsas sobre a segurança do sistema eleitoral brasileiro durante uma reunião com diplomatas estrangeiros.