O blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, dono do canal Terça Livre, afirmou, nesta sexta-feira (31/7), que fugiu do Brasil por se sentir ameaçado de morte por China, Coreia do Norte, STF (Supremo Tribunal Federal) e PT (Partido dos Trabalhadores).
“Se alguma coisa acontecer comigo ou minha família só veio dessas pessoas e grupos: a embaixada da China em Brasília, a embaixada da Coreia do Norte em Brasília, do Kakay [Antônio Carlos de Almeida Castro [Kakai] advogado ligado ao PT], que é dos partidos dos trabalhadores, do [Luís Roberto] Barroso ou do Alexandre [de Moraes]”, disse, em um vídeo publicado em uma rede social, elencando suas convicções.
Além disso, o blogueiro relatou que a “única maneira de dar essa informação era fora do Brasil. “Hoje, eu estou fora do país, seguro, e trago essa notícia para vocês”. No vídeo, Santos ainda acusou o grupo em questão de “desrespeitar a democracia” e os chamou de “criminosos”, por colocarem, segundo ele, escuta telefônica em sua casa. “Querem caçar o presidente Bolsonaro, fizeram duas buscas e apreensões na minha casa. Na primeira busca para colocar escuta. Na segunda, retiraram a escuta. Fizeram de tudo para obter qualquer informação para incriminar Bolsonaro no TSE [Tribunal Superior Eleitoral]. São criminosos, não respeitam a democracia e a liberdade”, afirmou. No entanto, Santos não apresentou provas de que teria sido ameaçado de morte, ou que o grupo citado no vídeo colocou escutas em sua residência. Após a publicação do vídeo nesta sexta-feira (31), o grupo de de hackers Anonymous Brazil, responsável por vazar informações do presidente Bolsonaro neste ano, publicou uma imagem dizendo que Santos não estava fora do Brasil, mas sim em Brasília. “Allan dos Santos está blefando. Seu IP é um dos quatro apresentados na imagem”, escreveu em uma rede social, referindo-se ao Endereço de Protocolo da Internet, que é um rótulo numérico atribuído a cada dispositivo conectado a uma rede de computadores. No dia 16 de julho, a Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão, autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na casa do blogueiro e mais 20 pessoas. Foi a segunda operação da PF como um desdobramento do inquérito que investiga a organização e o financiamento de atos antidemocráticos. A primeira, que mirava oito deputados bolsonaristas, além de Santos, aconteceu em maio. À época, Santos chegou a dizer que policiais apreenderam seu celular e equipamentos de gravação. Acusou ainda a conduta do STF como “imoral, pífia, pérfida” e o comparou Moraes a ditadores como Adolf Hitler, Josef Stalin e Mao Tsé-Tung.
Fontes: Yahoo Notícias / www.poptvnews.com.br