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Apagão

Apagão cibernético: número de voos cancelados chega a 3,7 mil; atrasados passam de 32 mil

Delta, American Airlines e United são as companhias aéreas mais afetadas

NYT
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Diversos aeroportos estão cheios nos EUA por causa do apagão cibernético

19 julho, 2024

A quantidade de voos cancelados devido ao "apagão cibernético" chegou a 3,7 mil em todo o planeta, informou o FlightAware , na tarde desta sexta-feira (19/7). Até a publicação desta matéria, o site especializado em aviação contabilizava 32,4 mil voos atrasados por causa do incidente que afetou diversos países.  A nação mais afetada é os Estados Unidos , com 2,3 mil voos cancelados e aproximadamente 6,5 mil atrasados. O país norte-americano foi o mais impactado porque a Delta , American Airlines e United , companhias estadunidenses, foram as que mais sofreram com o apagão. 

Abaixo, confira as companhias mais afetadas:

 - Delta: 749 cancelamentos e 1.049 atrasos;
 - American Airlines: 356 cancelamentos e 848 atrasos;
 - United: 344 cancelamentos e 1.070 atrasos;
 - Endeavor Air: 227 cancelamentos e 229 atrasos;
 - Spirit: 141 cancelamentos e 319 atrasos.

Já os aeroportos que contabilizam maior tráfego de pessoas por cancelamentos e atrasos estão localizados em Atlanta, Chicago, Minnesota, Nova York e Nova Jersey. Confira abaixo.

- Aeroporto Internacional de Hartsfield-Jackson (Atlanta, EUA) : 273 cancelamentos e 340 atrasos;
- Aeroporto Internacional de Chicago O’Hare (Chicago, EUA) : 103 cancelamentos e 232 atrasos;
- Aeroporto de LaGuardia (Nova York, EUA) : 85 cancelamentos e 176 atrasos
- Aeroporto Internacional de Minneapolis-Saint Paul (Minnesota, EUA): 85 cancelamentos e 114 atrasos
Aeroporto Internacional Newark Liberty (Nova Jersey, EUA) : 83 cancelamentos e 163 atrasos

O apagão

Vários países amanheceram com dificuldades técnicas nas operações dos seus sistemas bancários, de telecomunicações e aéreos nesta sexta-feira (19/7), devido a um apagão cibernético. A origem da falha foi uma pane na atualização de um software da empresa global de cibersegurança CrowdStrike, fundada em 2011. No site oficial da companhia, o produto é descrito como "uma solução de agente único para interromper ataques". A CrowdStrike é conhecida por sua atuação em investigações sobre ataques cibernéticos famosos, como o do Comitê Nacional Democrata dos Estados Unidos, em 2015 e 2016.

O que é CrowdStrike Falcon?

O apagão desta sexta está relacionado a um produto específico da empresa, chamado CrowdStrike Falcon, lançado em 2013. A ferramenta líder do setor de cibersegurança foi criada para impedir ataques hackers por meio da junção de diversas tecnologias, como antivírus de última geração, detecções e ameaças de endpoint (EDR), inteligência de ameças cibernéticas, recursos gerenciados de caças a ameaças e higiene de segurança. Na prática, a plataforma identifica, detecta e responde a ameaças de hackers. Para isso, requer acesso profundo ao sistema operacional de um computador. Ainda segundo o site, as operações do sistema são alimentadas por inteligência artificial e trabalham com um agente único, que busca oferecer em um só produto todas as ferramentas para proteção contra ataques. Além disso, é nativa em nuvem, o que simplifica a implementação do sistema para reduzir os custos operacionais. E o problema dos computadores que executam o sistema Microsoft Windows está relacionado a esse acesso profundo: uma atualização incorreta de código do software foi emitida pela CrowdStrike e entrou em conflito com o sistema operacional.