No total, 45 jornalistas e profissionais da imprensa foram assassinados em todo o mundo em 2021, oito deles no México, denunciou a Federação Internacional de Jornalistas (FIj) nesta sexta-feira (31/12), embora o saldo tenha sido inferior ao do ano anterior. "Este número de 45 representa um dos menores registros desde que a FIJ começou a publicar relatórios anuais sobre jornalistas mortos em incidentes relacionados ao trabalho, incluindo assassinatos seletivos, fogo cruzado e bombardeios", disse a entidade em um comunicado. O saldo de 45 vítima fatais relatado pela FIJ é muito semelhante ao divulgado pela ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF), que registrou 46. Em 2020, a FIJ havia denunciado o assassinato de 65 profissionais da imprensa. "Embora esse declínio seja uma boa notícia, não é muito reconfortante em face da violência contínua que ceifou a vida de jornalistas em países como Afeganistão (9), México (8), Índia (4) e Paquistão (3)", observou a entidade. A FIJ observou que os riscos associados ao conflito armado “diminuíram nos últimos anos devido à baixa exposição dos profissionais da imprensa, que vão cada vez menos para fazer cobertura em locais de conflito armado”. No entanto, observou, “as ameaças ligadas ao domínio de gangues criminosas e cartéis de drogas, das favelas do México às ruas de cidades europeias na Grécia e na Holanda, continuam aumentando”. "Esses 45 colegas que perdemos este ano nos lembram do terrível sacrifício que jornalistas de todo o mundo continuam a fazer para servir ao interesse público e continuamos em dívida com eles", disse o secretário-geral da FIJ, Anthony Bellanger. Para o dirigente, é preciso continuar “defendendo a adoção de uma nova convenção das Nações Unidas para a proteção de jornalistas que garanta a responsabilização pelos assassinatos de jornalistas”. “A FIJ acredita que o único tributo apropriado à causa pela qual [esses jornalistas] deram suas vidas deve ser a busca implacável por justiça por eles”, acrescentou.
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