Apresentador do maior telejornal da TV brasileira, William Bonner deve ficar de fora dos debates presidenciais deste ano na Globo. Um dos principais nomes do núcleo de jornalismo da emissora, ele teria pedido para não assumir a tarefa por conta dos inúmeros ataques que vem sofrendo desde a eleição de Jair Bolsonaro (PL). Segundo o site NaTelinha, o cansaço de Bonner também seria um fator decisivo na hora de assumir o comando dos debates. Ainda assim, os ataques seriam a maior motivação. Anteriormente, ele já havia deixado de usar redes sociais como o Twitter e até de sair em passeios, por receio de ser xingado por admiradores do atual presidente. Com a possível saída do jornalista, a Globo já estaria cogitando alguns nomes para assumir a função e Renata Vasconcellos, colega de bancada de Bonner no "Jornal Nacional", seria o principal deles. Na sequência, vêm César Tralli, atualmente no "Jornal Hoje", e Andreia Sadi, da Globo News. Porém, a emissora estaria tentando convencer Bonner de continuar no posto.
Pedido de prisão de Bonner
Em janeiro deste ano, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios rejeitou uma ação que pedia a prisão de Bonner por incentivar a vacinação contra a Covid-19 em crianças e adolescentes. O signatário da ação, Wilson Issao Koressawa, acusou Bonner de participar de uma suposta organização criminosa, composta por outros profissionais da emissora, para falar sobre os impactos positivos da vacina no combate à pandemia. Koressawa ainda afirmou, sem provas, que o apresentador do Jornal Nacional comete os crimes de indução de pessoas ao suicídio, de causar epidemia e de "envenenar água potável, de uso comum ou particular, ou substância alimentícia ou medicinal destinada a consumo". E pediu que Bonner fosse proibido de "incentivar a vacinação obrigatória de crianças e adolescentes e a exigência de passaporte sanitário".