Piracanjuba (GO) - Um vigilante penitenciário temporário foi preso neste sábado (5/10) suspeito de entrar na cadeia com drogas e repassá-las para presos. O caso aconteceu na cadeia de Piracanjuba, região sul de Goiás. Câmeras de segurança mostram quando ele passa segurando o pacote com o entorpecente. Segundo a Polícia Civil, Douglas de Paula Miranda, de 37 anos, foi detido em cumprimento a um mandado de prisão no momento em que chegava para trabalha no presídio. Ele ficou em silêncio durante o depoimento. A corporação disse que ele sequer tentou falar com um advogado ou com a família com receio de ligar o celular e no aparelho ser encontradas provas contra ele. O delegado Leylton Barros, responsável pelo caso, disse que a investigação começou a cerca de 15 dias, quando uma quantidade de drogas foi encontrada com um detento da unidade. Toda a operação, relata, contou com apoio e parceira da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP). "Após análise de imagens, entrevistas de testemunhas e coleta de outras informações, foi possível identificar que o Douglas teria sido responsável por ingressar no presídio de com essa droga e repassar para esse preso. Toda ação, entendemos que teria sido previamente ajustada entre o servidor público e o preso", disse.
Vídeo
A polícia conseguiu acesso a um vídeo que mostra Douglas caminhando dentro do presídio com um pacote de drogas na mão, datado de 15 de setembro último. O delegado explica como foi feita a ação. "No vídeo, ele passa com a droga e a deixa no banheiro de uma sala de aula do presídio. Depois, apuramos que um detento, chamado de 'cela livre', que ajuda nos serviços da unidade e tem acesso ao local, pega a droga e a distribuiu para outros presos", declara. No momento em que foi abordado, com o vigilante também foi apreendida uma arma calibre 365 e quatro munições - ambas sem qualquer registro. Por isso, além do tráfico e associação para o tráfico de drogas, ele também responderá por porte ilegal de armas de fogo. Se condenado, pode pegar uma pena de mais de 10 anos de prisão.