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Derrota

Vidente sobre a cura de Paulo Gustavo diz: botamos muita fé; foi uma grande derrota

Vidente que fez lives de oração com Tatá Werneck pela cura de Paulo Gustavo diz: ‘Botamos muita fé, foi uma derrota grande’

Foto: Divulgação
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Pedro Eduardo Siqueira, de 49 anos, é conhecido em todo o Brasil e além-mar, há quase três décadas, por seu dom especial

15 maio, 2021

Rio de Janeiro (RJ) - Nascido na Gávea, criado no Leblon e, hoje, morador de Botafogo, Pedro Eduardo Siqueira, de 49 anos, é conhecido em todo o Brasil e além-mar, há quase três décadas, por seu dom especial. Vidente, o advogado e missionário católico comanda orações do terço, reunindo multidões — antes da pandemia, presencialmente; agora, só virtualmente —, em que transmite revelações do Espírito Santo, mensagens de Nossa Senhora, de santos e anjos às aflições individuais dos presentes. Em março, ele e a amiga Tatá Werneck juntaram-se a 40 mil pessoas numa live em intenção dos doentes com Covid-19, incluindo o ator Paulo Gustavo. De suas experiências sobrenaturais, resultaram três dos seus seis livros — já são mais de meio milhão de exemplares vendidos no total. No recém-lançado “Viagens místicas” (Editora Sextante, 144 páginas, R$ 36,90), ele relata fenômenos em peregrinações aos principais santuários do mundo, entre 1999 e 2020. “O meu grande ministério é a oração do terço nas igrejas. Pouco antes da pandemia, rezei na cidade de Bandeirantes (PR), com 40 mil pessoas. Em Goiânia (GO), dá 20 mil. São Paulo, dez mil. No Rio, não há lugares tão grandes para eventos assim, mas já reuni seis mil pessoas na Catedral Metropolitana. As pessoas têm essa necessidade de Deus, não de mim. Num primeiro momento, acontece a idolatria, mas depois acabam se acostumando comigo e percebem que sou normal. Eu queria poder fazer o que eu faço sem o ônus do assédio. Mas desejar só a parte boa da coisa é bem humano, né? Feio, isso”.“Eu trabalho como advogado, Direito Administrativo é minha área de atuação. Não me tornei padre porque não tinha vocação. O exemplo que Deus quer dar comigo é que um homem com família (ele é casado e tem um filho de 10 anos) também pode se dedicar a Ele. Três vezes ao dia, faço minhas orações. Tenho minha rotina contínua de jejuns. A minha obrigação é manter afiada a minha ferramenta (a vidência). Se abandono, minha comunicação com o mundo espiritual não fica tão clara. E é uma questão de sobrevivência: se eu vacilar, fico vulnerável a todo tipo de manifestação espiritual, boa ou ruim”.

Fenômenos sobrenaturais

“Meus pais contam que, quando eu ainda era bebê, aconteceram os primeiros fenômenos sobrenaturais à minha volta. O bercinho se movimentava sozinho, as portas e janelas batiam, a cama sacudia muito. Antes de eu conseguir falar o que via, eu gritava muito, chorava... Me levaram a especialistas de neurologia e psiquiatria, e não tinha nada de errado. Eu só não sentia medo quando via um gigante de luz verde e dourada, que me acalmava. Anos mais tarde, descobri que era Ismael, meu anjo da guarda. Ele se comunica comigo por telepatia, por meio de imagens. Suas feições não são humanas”. “Tatá (Werneck) tem esse jeito doidinho, mas é uma pessoa de caridade e fé. Ela me ligou pedindo para fazer uma live de orações por seus fãs e seguidores que estavam sofrendo com a Covid. E quis que eu perguntasse a Ismael se Paulo Gustavo ia melhorar. Meu anjo ficou sério, calado. Como intercessor, aprendi que a gente tem sempre que proclamar vitória antes e rezar com afinco. Sabíamos que seria um milagre a cura dele, a situação era grave. Mas milagres estavam acontecendo, inclusive com outros amigos de Tatá. A gente botou muita fé, foi uma derrota grande”.

Pandemia

“Dependendo do teor da mensagem que eu recebo, prefiro não repassar. Já contei muita coisa que chocou, e isso só deixou as pessoas mais pra baixo, não vale a pena. Há um ano, em 13 de maio, Dia de Nossa Senhora de Fátima, ela deu o recado: ‘Paciência, essa pandemia vai ser longa’. Contei numa live, e as pessoas duvidaram, criticaram, dizendo que seria coisa de três meses. E aí está, nem perto de acabar. Essa história vai longe, mesmo com vacina. Não gosto desse tipo de mensagem, mas cumpri minha parte”.

Influenciador digital católico

“Sou um pouco antiquado, não curto rede social. Meu anjo avisou: ‘Sua missão não pode parar por causa da pandemia. Você tem um instrumento que é o canal no YouTube’. Então, comprei todo o equipamento para fazer a transmissão do terço. E foi a melhor coisa: hoje, até 20 mil pessoas assistem e rezam, simultaneamente. Muito mais gente do que nas paróquias. De 100 mil, antes da pandemia, agora meu canal tem 371 mil inscritos. No Instagram, eram 90 mil; hoje, são 283 mil seguidores. Mesmo quando tudo se normalizar, não vou parar com as transmissões on-line”.

Aos olhos da fé

“No meu novo livro, narro que nos santuários pelo mundo as pessoas conseguem se conectar com o divino e ter visões. Gente comum presencia fenômenos nas peregrinações. A fé é uma porta especial para o mundo espiritual. Você não precisa ter o dom para ter uma experiência mística”.