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“Trafigata de Curitiba” sobrevive a tentativa de atentado a tiros

Ela e um amigo receberam 20 tiros, mas nenhum a acertou

Foto: Reprodução/Redes Sociais
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Camila Moradin, sobreviveu a um atentado quando voltava de um mercado de Curitiba - Paraná

03 fevereiro, 2022

Camila Moradin sobreviveu a um atentado quando voltava de um mercado na capital paranaense, na segunda-feira (31/1). Conhecida como “Trafigata de Curitiba”, a mulher foi alvo de 20 tiros, mas escapou sem ferimentos. As informações são do jornal O Globo. Acusada de associação ao tráfico, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa pelo Ministério Público do Paraná, Camila cumpre prisão domiciliar desde 12 de dezembro, quando a Polícia Militar deflagrou operação que investigava a quadrilha da qual ela fazia parte. A mulher, que usa uma tornozeleira eletrônica, havia ido às compras em um mercado próximo à sua casa, no bairro Alto Boqueirão, com um amigo, identificado como Paulo. Quando deixavam o local, foram surpreendidos por dezenas de tiros vindos de um carro cinza. Nenhuma das 20 balas disparadas de dentro do veículo acertou Camila, mas Paulo ficou ferido e foi encaminhado ao Hospital do Trabalhador. Não há maiores informações sobre seu estado.

“Crônica de uma tragédia anunciada”

Advogado da acusada, Cláudio Dalledone afirmou que o episódio foi “uma crônica de uma tragédia anunciada”. Afinal, Camila já vinha notando movimentações estranhas em seu entorno e, por isso, mudou três vezes de residência desde que passou a cumprir prisão domiciliar. Dias antes de ser detida, a mulher viu seu marido, Ricardo Moradin, ser morto em atentado semelhante em Pinhais, quando deixava a festa de aniversário do filho do casal em um buffet infantil. Ele também era suspeito de envolvimento com o tráfico. Dalledone explicou que uma guerra entre facções teria se instaurado na cidade, e Ricardo teria sido assassinado por um grupo rival. Camila tem depoimento marcado para a próxima quarta-feira (9/2) e deve falar sobre o assunto. Essa poderia ser a explicação do atentado sofrido. “Algumas pessoas não querem a possibilidade ela falar”, considerou o advogado.