Após a prisão de Leandro Alves da Costa, que é suspeito de torturar e matar uma mulher em um motel de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana de Goiânia, a Polícia Civil descobriu que o homem é suspeito de outros crimes. Segundo a corporação, a suspeita é que, ao todo, ele tenha cometido crimes contra pelo menos 10 garotas de programa. Preso suspeito de torturar e matar mulher em motel de Goiás pode ser serial e é investigado por pelo menos outros sete crimes, diz polícia Mulher torturada e morta em motel de Goiás pediu socorro por mensagem após suspeito fazer pedidos sexuais, diz polícia Vídeos mostram suspeitos de torturar e matar mulher saindo de motel após crime em Aparecida de Goiânia, diz polícia
Quem é Leandro?
Leandro Alves da Costa é investigado por torturar, estuprar e matar garotas de programa. A suspeita da Polícia Civil é que ele seja um criminoso em série. Na tentativa de identificar possíveis novas vítimas, a corporação divulgou a foto de Leandro e detalhou que o homem não possui dois dedos da mão direita.
Quem são as vítimas?
O delegado Arthur Fleury, que investiga o caso, disse que Leandro torturou, matou e agrediu somente garotas de programa, que era uma espécie de fetiche dele. O caso que levou a prisão de Leandro foi a morte de Deyselene de Menezes Rocha. Segundo a polícia, ela foi encontrada carbonizada no dia 13 outubro de 2022, em um matagal em Abadia de Goiás, na Região Metropolitana de Goiânia. Ela tinha sinais de tortura, como um arame enrolado no pescoço.
Como aconteceu o crime contra Deyselene?
A irmã de Deyselene relatou à polícia que ela foi vista pela família pela última vez, por volta das 4 horas do dia 12 de outubro de 2022, quando deixou o filho aos cuidados da irmã. Além de Leandro, Wallace Alves foi preso suspeito da morte de Deyselene. A Policia Civil disse que as imagens do circuito de segurança de um motel perto da BR-153 gravaram quando a vítima chegou no motel em carro dirigido por Leandro. Após um tempo, o vídeo registrou a chegada de uma testemunha e Wallace. Horas depois, as câmeras mostraram a testemunha indo embora do local andando pela porta de entrada do motel. Leandro e Wallace aparecem saindo de carro (assista abaixo). A vítima não é vista saindo do estabelecimento. Ao observar as câmeras de segurança do motel, a Polícia Civil verificou que no banco de trás do carro havia um volume encoberto com um pano. O delegado disse que na conta paga no motel por Leandro há a cobrança de um lençol e um travesseiro, que ele teria levado do estabelecimento.
Quem são as outras vítimas?
A Polícia Civil disse que Leandro também é suspeito de ser o autor de um assassinato contra uma adolescente de 15 anos, que foi achada morta com sinais de tortura em um motel em Ciudad del Este, no Paraguai. O crime contra a menina foi no dia 3 de novembro do ano passado, ou seja, menos de um mês após o crime contra Deyselene. Além das duas garotas de programa que foram mortas, o homem é suspeito de estupro e agressão contra garotas de programa pelo menos oito garotas de programa. A suspeita é que esses oito crimes tenha acontecido no ano de 2014.
Qual a motivação dos crimes?
De acordo com a Polícia Civil, Deyselene pediu socorro por mensagem após se negar a fazer pedidos sexuais feitos por um suspeito, conforme o print da conversa dela com outra pessoa, horas antes de morrer. O delegado Arthur Fleury explicou que, em uma tentativa de estupro e homicídio ocorrida em 2014, o homem também fez pedidos que foram negados pela vítima. Ainda segundo o delegado, a suspeita é que "exigir a prática de sexo sem preservativo" também tenha levado Leandro a esfaquear, torturar e matar as vítimas.
Como foi a prisão?
Leandro Alves foi preso na última sexta-feira (6/1), na fronteira do Brasil com o Paraguai. Na ocasião, ele usava um documento falso. A polícia acredita que o homem tentaria atravessar a fronteira para fugir. Segundo a corporação, o homem segue preso no Paraná e será recambiado para Goiás.
Ele já tinha cometido outros crimes?
A corporação informou ainda que Leandro já tem passagens pela polícia por estupro, homicídio e posse irregular de arma de fogo, e que era monitorado por tornozeleira eletrônica, mas, após o crime contra a goiana, a rompeu e desapareceu.