Águas Lindas de Goiás (GO) - Foi preso mais um apontado pela Polícia como envolvido no ataque a uma agência do Banco do Brasil de Cametá, nordeste do Pará. O caso teve repercussão nacional, em dezembro de 2020. A Delegacia de Repressão a Roubos a Bancos e Antissequestro (DRRBA), da Polícia Civil do Pará, informou que a prisão ocorreu durante 2ª fase da Operação Strike, deflagrada na manhã deste sábado (10) em Águas Lindas de Goiás (GO). O suspeito foi preso na casa onde morava em Goiás, cumprindo mandado de prisão. Segundo a Polícia do Pará, ele era um dos principais articuladores da ação criminosa e teria participação direta no crime. O delegado Fausto Bulcão, titular da DRRBA, disse que as investigações devem continuar para que prender todos os envolvidos no crime. "A prisão dele é muito importante, pois foi um dos principais organizadores do crime, um dos que cooptou e organizou toda a logística e também participou diretamente da ação". A Operação Strike teve a primeira fase em fevereiro deste ano, identificando o núcleo responsável pelo planejamento, organização e execução do crime. A fase resultou na expedição dos mandados de prisão preventiva e busca e apreensão. Já a segunda fase teve apoio de Policiais Civis do Grupo Antirroubo a Banco (GAB/DEIC) da Polícia Civil de Goiás, Policiais Civis da DRF/CORPATRI da Polícia Civil do DF e de Policiais Militares da 35 CIPM de Águas Lindas de Goiás (PM/GO). Até então, seis pessoas já foram presas. Em 17 de dezembro, um foi preso em Wanderlância, no Tocantins. Nos dias 3 e 4 de fevereiro, foram mais três, sendo duas em Águas Lindas de Goiás e um cabo da Polícia Militar em Tucuruí, no interior do Pará. No dia 17 de março, o quinto envolvido foi localizado e preso em Dom Eliseu. Durante toda a investigação, foram apreendidos aparelhos celulares, drogas e veículos utilizados na logística e preparação do ataque à agência bancária de Cametá.
Assalto a 'vapor'
Uma quadrilha com pelo menos 10 criminosos tomou as ruas de Cametá (PA), a 235 km de Belém, e assaltou uma agência do Banco do Brasil. A ação aconteceu no começo da madrugada do dia 2 de dezembro. Moradores relataram, em redes sociais, uma noite de terror. Um homem foi morto após ser feito refém. Outra pessoa foi atingida na perna e precisou ser internada no hospital da cidade, mas sem risco de morte. Segundo o governador
A ação teve características semelhantes à registrada em Criciúma, no Sul de Santa Catarina, na madrugada do dia anterior, 1º de dezembro de 2020, em que uma quadrilha também fez ataques pelo município em ação para assaltar uma agência do Banco do Brasil. Em 2020, o estado registrou outros dois assaltos semelhantes: um em Ipixuna do Pará, em 30 de janeiro, e em São Domingos do Capim, em 3 de abril. Assim como ocorreu em Criciúma, a quadrilha atacou um quartel da Polícia Militar (PM), impedindo a saída dos policiais, e usou reféns como escudos para se locomover pelas ruas da cidade. As pessoas foram capturadas em bares. Esse crime é conhecido como "novo cangaço" ou "vapor", que se caracteriza por ações rápidas, violentas, com muitos disparos de armas de fogo, tomada de reféns e uso de explosivos. Normalmente, são planejados em cidades de médio e pequeno porte, que tem um efetivo menor de policiais. Nas ações, os criminosos cercam os batalhões de polícia.
Fontes: G1 Goiás / www.poptvnews.com.br