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Chorão

Reverendo chora durante depoimento à CPI: "Peço desculpa ao Brasil"

Reverendo Amilton Gomes de Pauta depõe à CPI da Covid nesta terça-feira (03) (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

Foto: REUTERS/Adriano Machado
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Reverendo Amilton Gomes de Pauta depõe à CPI da Covid nesta terça-feira (03/8)

03 agosto, 2021

Brasília (DF) - Durante o depoimento à CPI da Covid no Senado, o reverendo Amilton Gomes de Paula chorou e pediu desculpas ao Brasil. Ele lamentou a situação após questionamentos feitos pelo senador governista Marcos Rogério (DEM-RR).  "Vossa senhoria conhece a verdade. Conhece a verdade dos fatos e conhece a verdadeira verdade. Então, eu gostaria de lhe dar a oportunidade de fazer uma fala nesse sentido e dizer a esta CPI e ao Brasil: se arrepende? foi vítima? Partícipe? Qual o seu real papel em tudo isso?", perguntou o senador. Ao começar a responder, o reverendo chorou e lembrou que a família toda é evangélica. "O maior erro que eu fiz foi abrir a porta da minha casa aqui de Brasília, no momento em que eu estava enfrentando a perda de um ente querido da minha família. E eu queria vacina para o Brasil", disse o depoente.  "Eu tenho culpa, sim. Hoje de madrugada, antes de vir para cá, eu dobrei os meus joelhos e orei. Eu peço desculpa ao Brasil. O que eu cometi não agradou, primeiramente, os olhos de Deus", declarou. Ele ainda pediu desculpas aos senadores e deputados. "Jamais fraudei ou tirei algo de alguém, estou aqui para contribuir com o Brasil sempre."  O reverendo Amilton Gomes de Paula estaria envolvido com o caso Davati. Ele teria intermediado o contato entre a empresa norte-americana, que ofereceu 400 milhões de doses da vacina AstraZeneca, e o Ministério da Saúde.  Ao longo do depoimento, Amilton Gomes de Paula deu declarações controversas e voltou atrás em mais de uma ocasião. Ele alegou não ter contato próximo com ninguém do Ministério da Saúde. Ainda assim, ele confirmou que foi recebido pelo alto escalão da pasta para tratar do assunto após enviar um email. A negociação não chegou a ser concretizada. A AstraZeneca informou ao governo brasileiro que não negocia por meio de atravessadores.