Dois professores do Amapá foram indiciados por assédio sexual, após três alunas denunciarem que eles ofereceram boas notas em troca de encontros sexuais. As adolescentes, de 13, 14 e 17 anos levaram o caso à polícia e revelaram mensagens enviadas pelos homens nas quais eles sugerem encontros em troca de até mesmo deixar de fazer as provas e mesmo assim serem aprovadas. A Polícia Civil do Amapá informou que os professores têm 34 e 47 anos, mas as identidades não foram divulgadas. O homem mais velho se manteve calado durante o interrogatório. O delegado Rubens Neves Júnior afirmou, no entanto, que ele convidou as alunas de 13 e 14 anos para encontros fora da escola, e ofereceu aprovação na matéria se elas praticassem atos sexuais com ele. Quando recusaram, o professor passou a ameaçá-las com reprovação. Foi nesse momento que elas procuraram a coordenação da escola. Já o professor de 34 anos negou os crimes. Ele chegou a confirmar que conversou diversas vezes com uma aluna de 17 anos, mas que apenas queria encontrá-la para entregar avaliações. Ele acusou a jovem de registrar ocorrência para escapar de uma possível reprovação. Segundo o delegado, as mensagens revelam que o professor queria que o encontro fosse sigiloso. Ele disse que a família da jovem não poderia saber do encontro e diversas vezes perguntou se podia confiar nela. Ele apagou várias mensagens próprias e pedia que a adolescente fizesse o mesmo. Quando ela não confirmou o encontro, o homem ameaçou publicar as notas no sistema escolar e reprovar a jovem. No dia seguinte, ela foi convocada para fazer a prova de recuperação. A Vara da Infância e Juventude recebeu a denúncia e, após investigação policial, ambos professores foram indiciados por assédio sexual contra adolescentes.
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