Domingo, 28 de
Abril de 2024
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Violência

Polícia confirma que há um sobrevivente da chacina em Miracema do Tocantins

Jovem chegou a ser baleado e passou por cirurgia. Ele está sob escolta 24 horas por dia por agentes de delegacias especializadas

Foto: Montagem/g1
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Sobrevivente estava junto com jovens que foram mortos em Miracema do Tocantins

10 fevereiro, 2022

A Polícia Civil confirmou na quarta-feira (9/2) que há um sobrevivente da chacina que deixou seis mortos após o assassinato de um policial militar em Miracema do Tocantins, região central do estado, no fim de semana. Se trata de um rapaz de 18 anos que chegou a ser baleado nas costas, mas conseguiu fugir. Ele passou por cirurgia e está em estado estável sob escolta de agentes de delegacias especializadas 24 horas por dia. O rapaz estava com os três jovens sem passagens pela polícia que foram executados com um tiro na cabeça cada um. Cinco dias após a onda de violência, ninguém foi preso. Ainda não se sabe quem são os encapuzados que invadiram a delegacia na cidade, renderam um agente e uma escrivã e executaram Manoel Soares de 67 anos e o filho dele Edson Marinho de 34, ambos sem passagem criminal. Eles eram pai e irmão de Valbiano Marinho, morto em confronto com a PM e considerado o principal suspeito de assassinar o sargento da polícia Anamom Rodrigues. A Polícia Civil ainda investiga se há relação entre estes crimes e os corpos dos jovens encontrados horas depois. As equipes agora concentram esforços em proteger o único sobrevivente da chacina. Nesta quarta -feira (9/2) 20 entidades ligadas aos direitos humanos divulgaram uma carta repudiando as execuções. O documento afirma que a suspeita é de que a sucessão de crimes tenha sido praticada por pessoas que representam a ordem e a segurança do povo de Miracema. A carta diz ainda que o fato é gravíssimo, já que dois dos mortos estavam sob custódia do estado e pede ainda uma rápida e eficaz investigação dos vários assassinatos. Também nesta quarta, deputados da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa pediram rigor nas investigações.