Se na primeira versão de "Pantanal",de 1990, Tenório castra Alcides, agora o fazendeiro estupra o peão como forma de vingança. A cena do remake, escrita pelo autor Bruno Luperi, não será explícita, mas deixará a entender que houve uma violência sexual na tapera da fazenda. O site oficial da novela publicou trechos dos diálogos da cena em que Tenório (Murilo Benício) flagrará Maria Bruaca (Isabel Teixeira) e Alcides (Juliana Cazarré) no quarto dos peões, prontos para transar e relembrar os velhos tempos. O casal terá ido à fazenda porque Maria fora ter uma conversa com a filha, Guta (Juliana Dalavia). Tenório chegará sem avisar no local e começará um jogo de ameaças. “De pé! Os dois”, dirá o vilão, com um revólver na mão. “Tava pensando o quê? Que ia desfrutar das minhas terras como desfrutou da minha mulher?” “Eu não sou mais tua mulher...”, responderá Bruaca. “Cala a boca, Bruaca! Vaca amarela!”, dirá Tenório, que levará os dois a uma tapera abandonada. O casal será amarrado, e Tenório ameaçará estuprar a ex na frente do peão. “Solta esses cabelos, Bruaca, que eu vou mostrar pra esse peão quem é o teu macho!” “Não... Isso não... Nunca mais na minha vida...” “Eu mandei soltar os cabelos... E ficar quieta!” “Me mata, seu corno. Me mata, se 'ocê' for homem”, dirá Alcides “Ocê é um corno. No fundo é isso que ocê é. Um corno manso! O que sempre foi. Se você relar um dedo nela, eu juro que te mato!” “Vou fazer com você como se faz com um touro que inventa de cobrir a vaca de outro. Vou te capar... E te fazer ficar mansinho, mansinho”, ameaçará o personagem de Benício. “Me dá um motivo, Bruaca. Um motivo de verdade pra eu não capar esse infeliz!”, dirá Tenório. Nesta hora, ele estará com uma faca perto do pênis de Alcides. Bruaca afirmará seu amor pelo peão, o que deixará o ex-marido ainda mais nervoso. Ele, então, arrastará Alcides para um cômodo, e lá, longe da vista do telespectador, ocorrerá o estupro. Os dois serão abandonados, física e emocionalmente arruinados, na tapera. E voltarão para a casa de Zé Leôncio cheios de vergonha e traumas. “Ele me matou por dentro! Não sei como vou olhar na cara daquela gente. Nem como é que vou olhar pra ocê. Minha vontade era tá morto”, dirá Alcides.
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