p/ Silvana Marta
A nomeação do novo Secretário de Segurança Pública Interino, Delegado da Polícia Civil Alexandre Lourenço causou ‘inquietação’ entre algumas das associações das forças policiais de Goiás. Os presidentes dessas associações chegaram a gravar um vídeo que circula nas redes sociais demonstrando a sua ‘grande preocupação’ em relação à nomeação. O Deputado Major Araújo também se pronunciou através das redes sociais dizendo que o que o governador quer é desestabilizar a Segurança Pública de Goiás, já que nomeou um secretário que demonstra ‘desprezo’ pela PM goiana. Se a nomeação desse delegado causou de fato essa ‘convulsão’ tão propalada no vídeo, demonstra que o Governador Ronaldo Caiado acertou, de novo.
Explico
As forças policiais goianas à épocas passadas, porém recentes, causaram grande constrangimento e perplexidade ao povo de Goiás. Isso é fato! O seus membros não saíam das páginas policiais da imprensa nacional, que cansou de noticiar que acusados de homicídio e outras práticas criminosas, eram promovidos pelo então governador Marconi Perillo, ao invés de serem afastados. Miliciano é o policial fardado, da ativa, que pratica crimes, diga-se de passagem. Dentre os inúmeros escândalos da administração Marconi Perillo estava a ação da Polícia Federal que deflagrou em 11/11/2016 a 2ª fase da operação contra grupos de extermínio formado por policiais militares de Goiás. Dentre os alvos desta 2ª fase da Operação Sexto Sentido da PF estava o alto comando da Polícia Militar de Goiás: Ricardo Rocha, que, apesar de estar entre os 19 policiais militares presos em 2011 na 1ª fase da Operação Sexto Sentido, foi promovido pelo ex-governador Marconi Perillo e nomeado em 2016 para um importante cargo: o Comando de Policiamento da Capital. O comandante à época foi conduzido coercitivamente na 2.ª fase da operação Sexto Mandamento para ser interrogado em Brasília.
Reveja a notícia do G1 publicada no dia 11/11/2016:
“Comandante Ricardo Rocha
Em 26 de fevereiro deste ano, Ricardo Rocha assumiu o Comando de Policiamento da Capital (CPC). Em março, uma ação conjunta da do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) e Ministério Público Federal em Goiás (MPF-GO) recomendou que o tenente-coronel fosse destituído do cargo, pois responde por crimes e que o cargo deve ser ocupado por "militar que não exponha o Estado de Goiás a eventual novo pedido de federalização [julgamento de crimes]". A Polícia Militar de Goiás desde então ficou exposta e o cidadão comum passou a temer a corporação goiana. Goiás se tornou um Estado fragilizado pela atuação de um governo conivente com o crime organizado. Prova disso foi que o então governador Marconi Perillo desprezou as recomendações do Ministério Público de Goiás e do Ministério Público Federal que pediam a demissão do então nomeado comandante do Comando Geral da Capital, e o manteve no cargo. À época tudo indica que prevalecia a lei do mais forte, do mal policial armado, das milícias e bicheiros que deitavam e rolavam no comando das instituições policiais de Goiás. Por isso chama a atenção a nota de repúdio de algumas das associações e sindicatos de classes policiais de Goiás, ontem, frente a nomeação do Delegado Alexandre Lourenço. A pergunta que não que calar é: Por que esses mesmos sindicatos e associações não se pronunciaram à época contra a nomeação de Ricardo Rocha, mesmo diante de sua extensa ficha? Seriam esses sindicatos e associações apoiadores de milícias goianas, e por isso estão chateados com a nomeação de ‘seu inimigo’ para o comando da segurança pública de Goiás? Dentre os que repudiaram a nomeação do Secretário Interino da SSP/Go, ontem, 08/06, está o presidente do Sinsep/Go, Maxuell Miranda. Ele é conhecido por ser um franco atirador e promotor de desavenças; um funcionário público - representante de uma entidade classista- que quer ensinar o Governador, como governar.
A eleição
Ronaldo Caiado foi eleito governador pelo Democratas em primeiro turno em 2018 com 59,73% dos votos, num total de 1.773.185 votos. Sua eleição deixou claro que os goianos se fartaram de escândalos principalmente àqueles relacionados à Segurança Pública de Goiás. Diante dos fatos, o repúdio de alguns representantes de forças policiais goianas soa como música para os nossos ouvidos, apontando que o Governador Ronaldo Caiado está no caminho certo. Resta à estas entidades classistas o famoso ‘jus sperniandis’ ou ‘jus espeneandi’, como queiram, ou seja, o direito de espernear. Chorem! Esperneiem! É um direito que lhes assiste. O povo goiano está com Ronaldo Caiado, eleito com mais de 1,7 milhões de votos para mudar os rumos da segurança pública de Goiás.
Silvana Marta de Paula Silva, Advogada e Jornalista
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