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Opinião

"Não vejo o PT como solução para o Brasil", diz Aldo Rebelo

O ex-presidente da Câmara e ex-ministro de governos petistas reafirmou sua pré-candidatura ao Planalto como "movimento independente"

Foto:Wilson Dias/Agência Brasil
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Rebelo, que já foi do quadro histórico do PCdoB e, mais recentemente, esteve filiado ao Solidariedade

26 janeiro, 2022

Aldo Rebelo  disse a O Antagonista que sua pré-candidatura à Presidência da República, lançada em agosto do ano passado, está mantida. Rebelo, que já foi do quadro histórico do PCdoB e, mais recentemente, esteve filiado ao Solidariedade, não tem partido atualmente. Segundo ele, sua disposição de concorrer ao Planalto é “um movimento independente”. O lançamento da pré-candidatura, em 2021, ocorreu no Sindicato dos Engenheiros, em São Paulo, com a presença de políticos como Gilberto Kassab, presidente do PSD. “Minha pré-candidatura já foi lançada e mantenho a predisposição de disputar as eleições. Acho importante fazer esse debate, pensar em um projeto de país, discutir ideias”, afirmou a este site o ex-deputado, que presidiu a Câmara entre 2005 e 2007. Rebelo tem dito que não é nome da chamada Terceira Via, “pois ela está superlotada, com gente no acostamento”. Tem repetido também que sua preocupação é com a “agenda de ideia”, não em romper polarização política. Perguntamos se ele acabará se unindo a Lula, como algumas lideranças partidárias cogitam, nos bastidores. “Não faz sentido isso. Não tenho nada contra o Lula. Pelo contrário, tenho respeito e gratidão. Fui o primeiro líder do governo dele na Câmara. Mas não tenho identidade com o projeto do PT para o país, não tenho motivação para marchar nessa jornada com o PT. Não tenho nada de pessoal contra ele, repito, me dou bem com ele,  mas não vejo o PT como solução para o Brasil”, respondeu Rebelo, que foi ministro de diversas pastas nos governos petistas, incluindo a da Defesa. O ex-ministro afirmou que conversa com “bastante gente” do PT, mas tratou de sua pré-candidatura independente com Lula. Ele também disse não ter nada contra Jair Bolsonaro. “Nada de pessoal contra ele também. Tenho uma relação cordial e respeitosa com o presidente. Não temos desavenças pessoais. As minhas críticas são políticas, ao governo dele”, acrescentou. Rebelo disse que, nas próximas semanas, poderá decidir sobre sua filiação partidária — a lei eleitoral não permite candidaturas avulsas. “Tenho conversado com alguns partidos e estou aguardando as definições sobre federações”, afirmou, sem querer citar os nomes das legendas.