Cuiaba (MT) - A polícia prendeu preventivamente a representante comercial Ana Cláudia Flor por suspeita de ter mandado encomendar o assassinato do marido, o empresário Toni da Silva Flor, de 38 anos, baleado ao chegar a uma academia em Cuiabá, em 11 de agosto do ano passado. Segundo reportagem do portal UOL, a polícia disse que o empresário foi morto porque descobriu uma traição e porque sua mulher queria ficar com os bens dele. A investigada negou o envolvimento no crime. O assassinato foi articulado por meio de videochamadas feitas no aplicativo WhatsApp entre três suspeitos do crime, que também teriam acordado o valor de R$ 60 mil pela morte dele, segundo o delegado Marcel Oliveira, da DHPP (Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção a Pessoa de Cuiabá), responsável pelas investigações. Toni da Silva Flor foi abordado por um homem ainda no estacionamento de uma academia, que o chamou pelo nome. O empresário não chegou a responder e já foi atingido por cinco tiros de arma de fogo, segundo a polícia. Mesmo ferido, ele conseguiu correr para dentro da academia, chegou a ser socorrido para o Hospital Municipal de Cuiabá, foi submetido a uma cirurgia, mas morreu dois dias depois. Na última quinta-feira (19/8), a polícia cumpriu três mandados de prisão temporária, incluindo Ana Cláudia, e cinco mandados de busca e apreensão expedidas pela 12ª Vara Criminal de Cuiabá. Foram apreendidos aparelhos de telefone celular, agendas e outros objetos que subsidiarão a continuidade das investigações sobre o crime. De acordo com reportagem do portal UOL, a polícia afirmou que o assassinato de Toni da Silva Flor foi elucidado depois da prisão de Igor Espinosa, de 26 anos, na semana passada. O preso confessou durante a oitiva ter atirado e matado o empresário a mando de Ana Cláudia Flor, e que após o crime fez uma videochamada para informar o atentado contra a vítima, disse a Polícia Civil. Ele relatou que um amigo de Ana Claúdia, que não teve o nome divulgado, entregou uma arma de fogo para matar o empresário e, depois, esse intermediário se desfez da arma ao jogá-la no lago do Manso. "O restante do valor combinado pela empreitada criminosa não foi pago", disse a polícia. O delegado Marcel Oliveira destacou que desde o início das investigações havia a suspeita de que mulher do empresário seria a mandante do crime, no entanto "era necessário reunir os elementos que corroborassem para as informações anônimas". O delegado afirmou que Ana Cláudia ia regularmente à delegacia para saber como estavam as investigações e sempre perguntava se já havia sido descoberto o mandante do crime. A polícia afirmou investigações apontaram que a mulher do empresário teria dois motivos para encomendar o crime. O primeiro deles é que ela teria muitos amantes, e o marido havia descoberto as traições. A outra suspeita é que ela teria intenção de herdar os bens do empresário, "uma vez que a vítima possuía uma representação comercial muito forte, abastecendo vários supermercados da cidade, ser financeiramente estável e possuir casa, carro, moto, dinheiro na poupança, etc", ressaltou a polícia. Nas redes sociais, Ana Cláudia Flor escrevia declarações amorosas ao marido e fazia homenagens póstumas em datas importantes, como o Dia dos Namorados. "Estaremos sempre juntos, de uma maneira ou de outra, nada irá nos separar. Seja nas orações, nos pensamentos, recordações, irei guarda-lo sempre em mim, meu eterno amor!", escreveu Ana Cláudia em uma publicação no Instagram. Em outra publicação, cinco meses após a morte de Toni Flor, Ana Claudia, afirmou que sentia falta dele e que estava com saudades: "Nesses cinco meses sem você, eu experimentei a dor maior que o ser humano pode conhecer: a saudade. Senti e sinto sua falta todos os dias e todas as noites, em todos os instantes".
Geral