Brasília (DF) - Quem vê close não vê corre é um dos novos ditados que fazem parte do imaginário popular. E disso Renata Frisson, a Mulher Melão sabe bem. Indignada com o que vem acontecendo no Brasil, ela decidiu protestar neste Dia da Independência a seu modo: tirando a roupa. O local escolhido? Brasília. "Tenho família lá e pensei: já estou aqui e vou fazer um ensaio-protesto. O que me motivou foi tudo o que está acontecendo no nosso país. É tanta coisa ruim, mortes, pobreza, uma falta de rumo... Acho mais digno viver tirando a roupa no meu Only Fans, por exemplo, do que viver como político, que engana o povo", dispara ela, que teve que ser rápida para não receber uma advertência ou até detida ao fazer um topless em frente ao Congresso: "Já fui preparaa com um paletó de terno. Quando deu, abri rapidinho e fizemos a foto antes que alguém chegasse". Melão experimentou de perto os meandros e contornos da política no país. Não por estar na capital federal muitas vezes. Mas porque ela própria já tentou uma vaga como deputada estadual em 2010, pelo Partido Humanista da Solidariedade (PHS). "Estar do outro lado foi ainda mais decepcionante. Na época da campanha, era triste demais ver aquelas pessoas tão pobres, marginalizadas, esquecidas acreditando em promessa de político que eu sabia que não iria fazer nada por elas. Foi me enojando", relembra ela. A modelo e criadora de conteúdo teve apenas 1631 votos e nunca mais se aproximou de um cargo público novamente: "Enquanto a nossa base não for a educação, nada vai mudar. Enquanto não destinarem recursos para isso e também para a saúde, nada vai para a frente. Estamos cada dia mais atrasados, nós mulheres, então... Posso nem postar meu topless que sereis denunciada e até banida do Instagram, porquea nudez de uma mulher 'pode incomodar' alguém. Enquanto isso, lá no Planalto, eles jogam com as piores armas que têm". Ela diz que se estivesse no lugar de Dom Pedro I, que declarou a independência do Brasil frente a Portual, diria a mesma frase que ele: "Independência ou Morte". "Não teria outra frase para gritar. Ainda continua atual e está se cumprindo. Tantas mortes devido à pobreza, à fome, a falta de saúde, de saneamento, de tudo o que o governo não nos dá. Ou a gente realmente fica independente disso tudo ou morre. Só acrescentaria um alerta para os políticos: se não pararem de pensar s[ó neles e roubar tanto, quem vai pagar a conta são os descendentes deles, porque o caos está formado".
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