Sexta-feira, 29 de
Novembro de 2024
Geral

Terror

Mulher conhece namorada em app e acaba em cárcere privado

Jovem de Curitiba viajou a Brasília para engatar relação virtual com namorada que conheceu em aplicativo

Ilustração
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A jovem viajou para Brasília informando para a família que estava se mudando para a capital para ter relacionamento com uma mulher que conheceu na internet

27 maio, 2024

Uma jovem de 22 anos, moradora de Curitiba (PR)  acabou ficando presa em um relacionamento abusivo, com agressões, violência psicológica e até cárcere privado, após viajar a Brasília para engatar um relacionamento virtual. Ela havia conhecido a namorada por um aplicativo, e decidiu se mudar para o Distrito Federal. A história, no entanto, virou caso de polícia. A jovem viajou para Brasília informando para a família que estava se mudando para a capital para ter relacionamento com uma mulher que conheceu na internet. Depois da viagem, porém, ela parou de dar notícias. Até que, na última quarta-feira (22/5), a mãe recebeu um SMS pedindo socorro. A mensagem, que a filha mandou para a mãe, dizia que ela estava em cárcere privado, impedida de usar o telefone, manter contato com a família e até sair de casa sozinha. A mulher procurou a polícia em Curitiba e teve início uma grande operação de investigação em conjunto entre o delegado do 13º Distrito Policial, do local, e a Divisão de Repressão a Sequestros da Polícia Civil do Distrito Federal (DF).

Relação de terror
A investigação mostrou que a suspeita do crime era uma mulher de 41 anos que já tinha histórico de violência doméstica. Os agentes descobriram o endereço e foram até o local na noite seguinte ao registro do crime, em 23 de maio. A polícia do DF arrombou o portão, encontrou a jovem e soube detalhes da relação de terror. A vítima confirmou que vivia uma relação abusiva. Ela disse que a mulher chegou a tirar o chip do celular dela e impedir que ela falasse com a família. O caso ficou ainda pior quando a jovem tentou terminar o relacionamento, no começo deste mês. A autora do crime agrediu a vítima, excluiu todos os contatos do celular dela e apagou mensagens do WhatsApp. A curitibana ainda era constantemente monitorada, só podia trabalhar na própria residência, onde funcionava uma fábrica de tijolos de cimento, e não recebia salário. A Polícia Civil do DF prendeu a mulher de 41 anos em flagrante delito pelo crime de cárcere privado, combinado com a Lei Maria da Penha. A jovem de Curitiba teve apoio da corporação para guardar os pertences, sair da residência e retornar para a cidade onde mora.