Sábado, 30 de
Novembro de 2024
Geral

Variante Delta

Morte causada pela variante Delta no Rio foi de mulher que recusou vacina

Paciente tinha medo de possíveis reações adversas e, por isso, não se vacinou

Foto: Divulgação
post
Prefeitura do RJ alega que única morte pela variante Delta foi de mulher que não quis tomar vacina contra covid-19

06 agosto, 2021

Rio de Janeiro (RJ) - De acordo com a prefeitura do Rio, a única morte por Covid-19 no município até agora causada pela variante Delta foi de uma mulher que recusou a tomar a vacina. A informação foi divulgada nesta sexta-feira, pelo subsecretário de Vigilância em Saúde, Márcio Garcia, durante divulgação do 31° boletim epidemiológico da cidade. " A maioria absoluta de casos da Delta é de síndrome gripal. Registramos um óbito. Foi de uma idosa que não se vacinou. Inclusive, segundo nossa investigação, ela não tinha se vacinado por opção, porque tinha medo das reações adversas e acabou não se vacinando",  disse o subsecretário. Para dar uma dimensão da importância da vacinação, 95% dos internados atualmente com sintomas do novo coronavírus na cidade não tomaram sequer a primeira dose de um imunizante, conforme a prefeitura. Segundo o prefeito Eduardo Paes, que reiterou a relevância dos números levantados pela secretaria e insistiu para que os cariocas procurem se vacinar na data elegível, só 5% das internações são de pessoas que se vacinaram.  Os dados corroboram os estudos internacionais que apontam para a eficácia dos imunizantes disponíveis no combate à variante Delta - que, segundo a subsecretaria de Vigilância em Saúde, já corresponde a metade dos casos de novas linhagens identificados na cidade. Em um período de apenas dez dias, o programa de vigilância genômica da Covid-19, da Secretaria estadual de Saúde (SES), detectou um aumento de mais de 50% no percentual de pacientes com a variante Delta, apontada por especialistas como mais contagiosa, em relação ao total de casos da doença no Rio. No último boletim, divulgado no dia 23 de julho, a Delta respondia por 16,62% dos registros, contra 78,36% da variante Gama. Na análise liberada nesta terça-feira pela pasta, os números passaram para 26,09% e 66,58%, respectivamente. Um estudo do Imperial College de Londres mostra que pessoas vacinadas com duas doses dos imunizantes da Pfizer/BioNTech e Oxford/AstraZeneca têm redução de cerca de 50 a 60% no risco de infecção pela variante Delta do coronavírus, incluindo casos assintomáticos. Os autores da pesquisa, batizada de REACT-1 e divulgada nesta quarta-feira, infromaram que quem relatou receber duas doses de vacina tinham pelo menos metade da probabilidade de testar positivo para Covid-19. Foram analisados dados de mais de 98 mil voluntários na Inglaterra.