Morreu o pedreiro Adolfo Gonçalves Neto, que ficou preso debaixo de uma estrutura de concreto após uma marquise desabar, em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. Adolfo ficou 10 dias internado em estado grave no Hospital de Urgências de Goiás (Hugo), mas não resistiu aos ferimentos. Segundo a Defesa Civil, o local não estava de acordo com as normas técnicas da engenharia civil. O pedreiro teve o óbito constatado na manhã da segunda-feira (5/8). O acidente que o deixou em estado grave ocorreu no último dia 26 de julho, no Setor Colina Azul. Segundo o Corpo de Bombeiros, Adolfo caiu de uma altura de três metros e ficou preso em meio aos escombros. Com o desabamento, a rede elétrica do local se rompeu e comerciantes da região ficaram sem energia.
Tentativa de resgate
Um vídeo mostra o momento em que a marquise desaba junto com o trabalhador (veja acima). Enquanto aguardavam a chegada do resgate, comerciantes da região e populares se uniram para tentar tirar a vítima dos escombros. "Ele estava debaixo, Deus abençoou que uma pilastra de concreto acabou dando uma cobertura que deu para livrar ele um pouco das ferragens", disse um empresário que ajudou no momento.
Falta de vigas de sustentação
A Defesa Civil também foi acionada para periciar o local no dia do acidente. De acordo com o superintendente do órgão, Roneiron Sousa, faltavam vigas de sustentação no local. "Faltam vigas de sustentação onde faz o travamento de toda essa estrutura. Aparentemente, não foi visto a olho nu, então vamos fazer um levantamento mais preciso para verificar essa situação. Se não houver esses procedimentos, com certeza ela está fora dos padrões técnicos da engenharia civil", disse Roneiron à TV Anhanguera. Dias após o acidente, o laudo da perícia apontou que realmente a obra não estava de acordo as normas técnicas da engenharia. O g1 não conseguiu informações sobre o velório e sepultamento de Adolfo Gonçalves até a última atualização desta reportagem.