Parte da história do futebol goiano, o ex-técnico de futebol Ney Raimundo Fernandes, que comandou times como o Goiás, Vila Nova e Goiânia, morreu aos 90 anos, na capital. A confirmação da morte foi feita pelo filho, Paulo Fernandes, que lamentou a morte do pai e contou como era o cronista esportivo. "Meu pai sempre foi meu exemplo, eu me espelhava nele em tudo. Ele tinha dois, três empregos: foi comentarista, era técnico em futebol, cronista esportivo", contou Paulo. Paulo, que caracterizou o pai como um homem íntegro, honesto e trabalhador, contou que Ney foi vítima de falência múltipla dos órgãos na noite de domingo (7/1), por volta das 20 horas. Ele estava internado no Hospital Ortopédico de Goiânia (HOG). O velório do ex-técnico foi realizado no Cemitério Vale do Cerrado. Ele foi cremado por volta das 15 horas. Ney nasceu em 24 de agosto de 1933 em São Peopoldo, no Rio Grande do Sul. Paulo relembra que o pai começou a carreira no futebol como jogador e atuou em times como o Aimoré, Grêmio e Fluminense. Ele encerrou a carreira como jogador quando recebeu a proposta para ser técnico em Goiás. Paulo relembra que foi em solo goiano que Ney conheceu a esposa. Na capital goiana, ele passou por todos os times.
Entre os clubes em que ele atuou em Goiás, estão:
Goiás Esporte Clube, em que participou da estruturação profissional;
Sírio Libanês;
Vila Nova Futebol Clube, onde foi campeão goiano em 1963;
Ferroviário;
Riachuelo;
Goiânia Esporte Clube, onde também foi campeão goiano em 1968;
Além da atuação como jogador e técnico, carreira que encerrou por volta de 1975, no futebol Ney atuou como comentarista e cronista esportivo, tendo passado por veículos como a Rádio Brasil Central, Rádio Difusora, Rádio K, Rádio Clube.
Morte
Ney Fernandes morreu de falência múltipla de órgãos na noite de domingo, no Hospital Ortopédico de Goiânia. Paulo explicou que o pai estava com úlcera no reto e acabou tendo uma infecção na bexiga que se alastrou e paralisou os rins. Apesar de abalado com a perda, Paulo considerou a morte um alívio para o pai, uma vez que Ney vinha sentindo muitas dores. "Ele estava sofrendo muito, gritava a noite de dor. Ele passou o último dia com uma bomba de morfina", detalhou Paulo Fernandes.