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Coração apertado

Menina de 8 anos escreve carta para o Papai Noel pedindo leite para irmão mais novo e pão

Desempregada, mãe da criança conta que depende de doações para alimentar os três filhos e se comoveu ao ler a mensagem da filha

Foto: Arquivo pessoal/Sarah Pires
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Criança de 9 anos escreve carta para Papai Noel pedindo leite para irmão mais novo e pão, em Anápolis

21 novembro, 2020

Anápolis (GO) -  A estudante Emanuelle Cristina da Cunha Cardoso, de 8 anos, surpreendeu a mãe ao escrever uma carta para o Papai Noel pedindo leite para o irmão mais novo e pão para a família, que mora em Anápolis, a 55km de Goiânia. "Papai Noel, eu queria muito ganhar uma caixa de leite para o meu irmãozinho. Queria ganhar muito pão para a gente tomar café, porque tem dia que a gente não toma café porque não tem nada", escreveu.A carta foi escrita pela criança na quinta-feira (19/11). Ao G1, Emanuelle Cristina disse que pensou no caçula, Wanderson da cunha Cardozo, de 4 anos, porque ele sofre quando não consegue tomar leite na mamadeira. "Se meu irmão está sem mamadeira, ele chora. Pedi leite para a gente tomar também, porque quando a gente ganha, se não for muito, a gente deixa para ele”, disse a menina, que também é irmã de Matheus Luccas Cunha de Sousa, de 10 anos.

Família vive de doações

Mãe das crianças, Sarah Cristina da Cunha Pires, de 30 anos, contou que Emanuelle viu uma campanha na televisão e quis escrever a cartinha. No entanto, ela ainda não a entregou para ninguém. “Ela viu na televisão que os Correios já estão entregando as cartinhas para o Papai Noel e me perguntou se podia fazer. Ela escreveu que queria pão e leite. Fiquei surpresa, deu um aperto no coração. Aqui a gente quase não toma café. Só quando tem doação”, disse a mãe da menina. Sarah contou que, realmente, enfrenta dificuldades financeiras. Ela explicou que trabalhava como cabeleireira, mas está desempregada porque não tem com quem deixar os filhos, que estão sem creche por causa da pandemia. A mulher relata que, além da falta de alimentos, as contas de água e energia estão atrasadas. “Aqui, graças a Deus, a gente tem arroz, feijão e macarrão, porque ganhamos. É só isso que a gente come. Não lembro quando comemos carne pela última vez”, relata.

Fontes: G1 Goiás / www.poptvnews.com.br