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“Maguito foi o primeiro governador, em Goiás, que teve a visão de atender os mais vulneráveis”, diz Caiado durante missa em memória à passagem de um ano da morte do líder

“Nos deixa um legado que impõe aos governantes a responsabilidade de levar cidadania a todos os quadrantes de Goiás”, destaca governador_

Fotos: André Saddi
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Ronaldo Caiado durante missa em ação de graças pela passagem de um ano da morte do ex-governador Maguito Vilela: “Mostrou a necessidade de combater as desigualdades tanto pessoais, quanto regionais, envolvendo várias frentes”

14 janeiro, 2022

O governador Ronaldo Caiado participou, na noite da quinta-feira (13/01), da missa em ação de graças pela passagem de um ano da morte do ex-governador e ex-prefeito eleito de Goiânia, Maguito Vilela. Realizada na Igreja Ortodoxa São Nicolau, no Setor Oeste, a cerimônia reuniu familiares, amigos e autoridades políticas. Ao lembrar do ex-governador, Caiado reconheceu aquilo que ele deixou como um dos maiores patrimônios na política do Estado. “Maguito foi o primeiro governador, em Goiás, que teve uma visão de atender os mais vulneráveis”, assegurou. “A abrangência muitas vezes era de uma atuação na área social, mas ele saiu de uma prática que às vezes era apenas de um segmento do governo, de uma secretaria, para mostrar a necessidade de combater as desigualdades tanto pessoais, quanto regionais, envolvendo várias frentes”, explicou o governador. Segundo Caiado, o resultado disso é o reconhecimento do ex-governador, já que por onde passa, encontra testemunhos da presença de Vilela nas pequenas comunidades. “Agora mesmo no período das enchentes estive em Pouso Alto, em Campos Belos de Goiás, e a população dizia: o senhor é o segundo governador que vem aqui. O primeiro foi Maguito Vilela”, frisou. “Nos deixou um legado que impõe aos governantes, a responsabilidade de levar cidadania a todos os quadrantes de Goiás”, completou.  Daniel Vilela, filho de Maguito e atualmente presidente do MDB de Goiás, ressaltou que relembrar do pai é difícil porque tudo ainda é muito recente. “Mas precisamos transformar isso numa saudade, em boas recordações, bons exemplos e seguir em frente. Dar sequência no exemplo de vida que ele deixou para todos nós”, destacou ao falar que foi um privilegiado por ser filho e ter a oportunidade de estar presente por tanto tempo com o ex-governador.  Ao iniciar a celebração, o padre Rafael Magul disse que Maguito Vilela “fez da sua profissão um sacerdócio” e afirmou que ele não vivia da política, mas para “fazer e servir” a política. “Deixou boas lembranças, por meio de sua caridade, sua obra do bem, do que ele queria fazer como prefeito de Goiânia. Agora vamos rezar para que o atual prefeito possa cumprir o sonho dele, que era o bem para o povo”, projetou o religioso.  A viúva de Maguito, Flávia Teles, confessou que o sentimento é de gratidão pela vida que Maguito teve. “Deixou um legado de exemplo que estamos seguindo”, frisou. Segundo ela, a família encontra forças no carinho que é presente e vem de vários cantos. “Muita gente se unia em oração com a gente, desde a internação. Até hoje recebemos mensagens de carinho, histórias de pessoas que ele ajudou e que não conhecemos. O Maguito deixou coisas boas e isso dá um conforto”, sublinhou. 

Maguito Vilela

Contaminado pelo coronavírus durante a campanha eleitoral de 2020, o então candidato a prefeito de Goiânia, Maguito Vilela, ficou 83 dias internado. Na madrugada de 13 de janeiro de 2021, às 4h10, ele morreu, aos 71 anos, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. À época, o governador Ronaldo Caiado decretou luto oficial por três dias em Goiás, ao mesmo tempo em que determinou que fossem prestadas a Maguito Vilela todas as honras de Estado, em reconhecimento ao que o emedebista construiu em benefício do povo goiano. Em acordo com a família, foi cedido o Salão Gercina Borges Teixeira do Palácio das Esmeraldas para que o corpo fosse velado, antes de ser sepultado em Jataí, cidade natal do ex-governador.

História

Advogado por formação, Maguito encontrou na política uma vocação que norteou a sua trajetória profissional. Iniciou a vida pública em 1976, como vereador por Jataí. Depois, ocupou cargos de deputado estadual, deputado federal, vice-governador, governador e senador da República. Por último, administrou a Prefeitura de Aparecida de Goiânia por dois mandatos. Deixou relevantes contribuições em todos os cargos que ocupou. Como deputado federal, atuou na aprovação histórica da Constituição de 1988, marco na redemocratização da sociedade brasileira. À frente do Governo de Goiás, foi pioneiro em ações solidárias ao lançar o Programa de Apoio às Famílias Carentes, que consistia, em essência, na distribuição de cestas de alimentos. Antes do primeiro mandato como prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito atuou como vice-presidente do Banco do Brasil, em 2007. Também teve participação relevante em seu partido. Foi vice-presidente nacional do PMDB - hoje MDB - em 2000, e assumiu a presidência em 2001. Sua trajetória ainda inclui forte vínculo com o esporte. Desde a juventude, antes mesmo da vida pública, foi jogador em Jataí, quando adotou o nome Maguito, derivado dos gritos de ‘Magrito’, que ouvia da torcida. Assim, o nome completo passou a ser Luís Alberto Maguito Vilela. Chegou a ocupar o posto de vice-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).  Maguito deixou a esposa, Flávia Teles; os filhos Vanessa, Maria, Miguel, Anna Teles e o presidente estadual do MDB, Daniel Vilela; e quatro netos. Participaram ainda da missa o secretário de Indústria, Comércio e Serviços, Joel Sant'Anna Braga Filho; os assessores especiais da governadoria, Lyvio Luciano e Paulo Magalhães; os prefeitos Haroldo Naves (Campos Verdes - presidente da Federação Goiana dos Municípios - FGM) e Gustavo Mendanha (Aparecida de Goiânia); o médico Marcelo Rabahi; as filhas do ex-governador e ex-prefeito de Goiânia, Iris Rezende, Ana Paula Rezende e Adriana Rezende; e o ex-deputado federal, Vilmar Rocha.

Fontes: Secretaria de Comunicação do  Governo de Goiás