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Lula disse que: Dilma, Genoíno e Dirceu não teria espaço em seu eventual terceiro governo

A declaração do ex-presidente foi feita durante entrevista à rádio "Super Notícia", de Minas Gerais

Foto: Divulgação
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O petista afirmou que "nenhum deles", citando os três nomes, aceitaria participar do ministério de um novo governo

24 março, 2022

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira  (24/3) que "figuras históricas" do seu partido, como Dilma Rousseff, não teriam espaço num eventual terceiro governo. Ele se referiu também ao ex-ministro-chefe da Casa Civil de Lula, José Dirceu, e ao ex-presidente do PT, José Genoíno. " Não tem sentido uma ex-presidente da República trabalhar de auxiliar em outro governo. A Dilma tem uma competência técnica extraordinária, mas tem muita gente nova que nós vamos colocar. Essas pessoas que têm experiência podem em ajudar com palpite, conversando",  declarou Lula. O petista afirmou que "nenhum deles", citando os três nomes, aceitaria participar do ministério de um novo governo, caso ele consiga vencer a eleição de outubro e voltar ao Palácio do Planalto. A declaração foi feita durante entrevista à rádio "Super Notícia", de Minas Gerais. Questionado sobre por que então teria aceitado assumir em 2016 a Casa Civil de Dilma na reta final de seu governo, então acossado pela Lava-Jato e pela tramitação do processo de impeachment, o ex-presidente respondeu que tentou convencer Dilma da "ineficácia" de levá-lo ao governo, e que seria um incômodo tanto para a então mandatária quanto para ele. Lula foi perguntando sobre as críticas que vem recebendo de setores da esquerda sobre ter como vice o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, um dos fundadores do PSDB, partido que rivaliza com o PT desde a década de 1990. O ex-tucano se filiou na quarta-feira ao PSB e deu mais um passo para confirmar a aliança com o ex-presidente, visando a eleição de outubro. "Contraditório seria eu ter um vice do PT, porque seria uma soma zero. Não acrescentaria nada", afirmou. O ex-presidente chamou os ex-integrantes da força-tarefa de "moleques" e de "bando de messiânicos", ao comentar a nova derrota sofrida pela Lava-Jato. Na quarta-feira, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) condenou o ex-procurador Deltan Dallagnol a indenizá-lo em R$ 75 mil pelo PowerPoint que apontou o petista como comandante de um esquema de desvios na Petrobras. " Eu ainda vou abrir mais alguns processos. Eu não agora discutir no processo eleitoral, porque eu não vou mexer nisso. Mas as pessoas que mentiram para a sociedade brasileira, essa gente precisa efetivamente ser punida pela instituição",  disse, referindo-se ao Ministério Público Federal. Assim como já havia dito semanas atrás sobre um possível apoio nas eleições ao prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), Lula reiterou na quarta-feira (23/3) que trabalhar para fechar a aliança, mas que o acordo depende da disputa ao Senado no estado. Isso porque o PSD quer lançar o senador Alexandre Silveira e o PT, o deputado federal Reginaldo Lopes. O petista afirmou que o estado, que tem a segunda maior população do Brasil, é importante tanto para o PT quanto para o PSD, e que os dois partidos vão precisar chegar a uma definição até o fim da próxima semana, quando se encerra o prazo para filiação visando a eleição. Ele diz estar conversando com o presidente do PSD, Gilberto Kassab, para chegar a uma definição. "Vou manter as conversas com o Kalil. Precisa ter uma definição até 2 de abril. A verdade é que eu preciso do Kalil, e o Kalil precisa de mim. Se nós dois nos juntarmos, faremos uma chapa muito forte em Minas Gerais",  declarou.