Segundo candidato a deputado federal mais votado em Goiás, Gustavo Gayer (PL) passou a ser investigado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Isso porque o corregedor-geral eleitoral do órgão, Benedito Gonçalves, iniciou na quarta-feira (14/12) uma ação que apura a conduta de Jair Bolsonaro (PL) e alguns de seus aliados por ataques às eleições e abuso de poder político. O g1 entrou em contato com Gustavo Gayer para um posicionamento sobre o caso, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. O documento assinado pelo corregedor justifica a ação pontuando que os ataques às eleições caracterizam uma suposta prática do uso indevido dos meios de comunicação e tiveram como objetivo "abalar a normalidade" do processo eleitoral. Ainda de acordo com a ação, tais "atentados" visaram estimular nos eleitores o sentimento de insegurança e descrença no processo eleitoral, "atentando contra a existência" da própria democracia. "[São] atos atentatórios contra o sistema eleitoral brasileiro a visarem a abalar a normalidade e higidez do pleito, para, assim, deslegitimar o sufrágio eleitoral democrático e seguro", descreveu o documento. Segundo candidato a deputado federal mais votado em GO, Gustavo Gayer deve desmentir fake news ditas na pandemia, diz TJ. A investigação se refere a atos e declarações realizados pelos envolvidos antes do registro de candidatura, durante o período eleitoral, na data do segundo turno e após a divulgação dos resultados. No documento, o corregedor pontua que Gayer e os demais investigados "usam as redes sociais para propagar “a narrativa de que o sistema eleitoral brasileiro seria inseguro e manipulável”, alcançando milhares de seguidores e criando uma "dominação do território virtual". Além disso, que os investigados teriam abusado de seu poder político para "manutenção desse poder ao custo da eliminação do "jogo democrático". O ministro deu um prazo de cinco dias para que os alvos das ações apresentem suas defesas ao tribunal.
Na ação de ataques ao sistema eleitoral, são alvos da investigação:
o presidente Jair Bolsonaro (PL);
o candidato derrotado a vice-presidente e ex-ministro Braga Netto;
o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ);
o deputado eleito Gustavo Gayer (PL-GO);
o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP);
a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP);
a deputada federal Bia Kicis (PL-DF);
o deputado eleito Nikolas Ferreira (PL-MG)
o senador eleito Magno Malta (PL-ES).