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Quadrilha

Grupo suspeito de clonar telefones e invadir perfis no Instagram é alvo de operação da Polícia Civil

Mandados de prisão e buscas foram cumpridos em ação conjunta das polícias do Tocantins e São Paulo

Foto: Divulgação
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Prisões foram feitas durante operação da Polícia Civil

30 junho, 2022

Uma quadrilha suspeita de clonar telefones e invadir contas em redes sociais foi alvo de uma operação da Polícia Civil do Tocantins nesta quinta-feira (30/6). Após obter controle sobre as contas das vítimas, principalmente no Instagram, o grupo praticava crimes como estelionato e extorsão. A operação foi chamada de Paralela. Durante a manhã foram cumpridos 14 mandados judiciais, sendo três prisões temporárias e 11 buscas em endereços de suspeitos em São Paulo (SP). A investigação é coordenada pela Divisão Especializada de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC) de Palmas e contou com apoio da polícia de São Paulo.

"Grupo clonava celulares das vítimas e usava contas para cometer fraude e estelionato em todo país"

 De acordo com o delegado Lucas Brito Santana, chefe da DRCC, os criminosos invadiam principalmente perfis em redes sociais, sobretudo no Instagram. As vítimas eram, preferencialmente, profissionais dos segmentos da saúde e estética de diversas regiões do Brasil e com muitos seguidores. Durante a operação foram apreendidos cartões bancários, chips, possíveis documentos falsos, aparelhos celulares, computadores e outros objetos.

Investigação
A operação é um desdobramento de investigações que tiveram início no mês de outubro de 2021, quando uma vítima de Palmas perdeu o controle do seu número de telefone. Os criminosos alteraram as credenciais e acabaram acessando todas as contas em redes sociais. A polícia descobriu que a organização criminosa é especializada em ataques conhecidos como “SIM Swap”, que consiste na transferência fraudulenta das linhas telefônicas das vítimas para chips de celular mantidos sob controle de criminosos. As fraudes sempre eram realizadas com objetivo de obter vantagens econômicas. Após tomar o controle da linha, o grupo praticava outros crimes virtuais como invasão de dispositivo, estelionato mediante postagens de vendas por produtos fictícios no perfil invadido e extorsão com cobrança de resgate pelas contas. Os suspeitos também praticavam crime de falsa identidade, pois assumiam a identidade das vítimas em redes sociais, inclusive trocando mensagens com seguidores. Também há indício dos crimes de lavagem de capitais e falsificação de documentos públicos.