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Novembro de 2024
Geral

Suicídio

Grupo que incentivava suicídio é preso após jovem de 19 anos se matar

A garota teria sido incentivada por esse grupo e agonizado por duas horas antes de morrer

Foto: Divulgação
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Os suspeitos também atuavam em outras redes sociais e na Dark Web

30 setembro, 2021

Brasília (DF)  -  A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu  quarta-feira (29/9) um grupo suspeito de incentivar a prática do suicídio nas redes sociais. A detenção aconteceu após uma jovem de 19 anos tirar a própria vida. A megaoperação deflagrada resultou na prisão de quatro pessoas. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Brasília (DF), Goiânia (GO), Aparecida de Goiânia (GO), São Paulo (SP), São Roque (SP) e Rio de Janeiro (RJ), após meses de investigação. A ação da polícia em torno do caso teve início com o falecimento de uma mulher de 19 anos em fevereiro, em Brasília. A vítima, que não teve a identidade revelada, tirou a própria vida em sua residência, após ingerir uma substância tóxica. A jovem teria sido instruída por esse grupo a tomar a substância para “testar” seus efeitos no corpo, em busca de um possível suicídio futuro. Com o aparecimento de graves sintomas, a garota chamou pelos pais e contou o que havia acontecido. Ela chegou a ser levada a um hospital da Região Leste da capital federal, mas não resistiu. A investigação do caso descobriu que a vítima fazia parte de um grupo de WhatsApp chamado CTBus (referência a “catch the bus”, expressão em inglês utilizada para tratar do comprometimento com o suicídio), no qual este grupo incentivava e orientava o autoextermínio. Os suspeitos também atuavam em outras redes sociais e na Dark Web. A polícia, agora, investiga se há outros casos de suicídios ligados ao grupo.

Jovem agonizou por duas horas

Segundo informações do portal Metrópoles, a garota que tirou a própria vida em fevereiro agonizou por duas horas antes de morrer. Sofrendo com fortes dores decorrentes da ingestão da substância, ela foi levada a um hospital pelo Corpo de Bombeiros. Após uma primeira análise, os médicos avisaram que sua sobrevivência dependeria de um medicamento chamado Azul de Metileno, que, no entanto, estava em falta naquela e em todas as unidades da rede. Desesperados, os familiares saíram atrás do tal remédio por toda Brasília, mas sem sucesso. A jovem teve o óbito declarado às 3h40, duas horas após ingerir a substância tóxica.