As empresas investigadas por aplicar golpes com falsos prêmios, que eram divulgados por digitais influencers, contratavam ganhadores e simulavam a entrega de valores milionários, segundo a Polícia Civil. Segundo Luiz Carlos da Cruz, delegado responsável pelo caso, foi descoberto que os ganhadores anunciados nas redes sociais não existiam. "Nós identificamos um possível ganhador, que apresentava um comprovante nas redes sociais. Esse comprovante era de um banco da Caixa Econômica Federal. Nós consultamos a Caixa e verificamos que esse ganhador se quer é cliente do banco. Verificamos que essa conta se quer era daquela pessoa. A agência e conta estavam atreladas a um dos sócios desse conglomerado empresarial", disse o delegado. Em nota à TV Anhanguera, a defesa da empresa Anaprêmios informou que ainda não se manifestará, por se encontrar em sigilo o processo. Como os presos não tiveram os nomes divulgados, o g1 não conseguiu localizar as defesas. Os cumprimentos dos mandados de prisão, busca e apreensão, se iniciaram na última segunda-feira (8/1). A investigação segue na tentativa de descobrir se influenciadores que participavam da divulgação dos prêmios tinham conhecimento da fraude. A investigação se iniciou em janeiro de 2023. Carros de luxo, eletrônicos, relógios, folhas de cheque, arma de fogo e os materiais cenográficos usados para fazer a gravação dos sorteios foram apreendidos pela polícia e devem passar por perícia. Segundo a Polícia Civil, mais de 70 policiais participaram da operação que cumpriu mandados em Anápolis, Goiânia e no estado do Mato Grosso.
Investigação
Nove pessoas foram presas suspeitas de aplicar golpes com falsos prêmios de capitalização. Os presos são suspeitos de três crimes, estelionato, lavagem de capitais e organização criminosa. Os mandados foram cumpridos em Anápolis, Goiânia e no estado do Mato Grosso. "Nós identificamos um conglomerado empresarial. São no mínimo quatro empresas, todas com o mesmo objeto social. Vendiam títulos de capitalização e prometiam prêmios, desde prêmios de R$ 1 mil até prémios altos, de R$ 700 mil", disse o delegado em coletiva de imprensa. Os relatos da investigação apontam que o grupo criminoso operava um esquema de estelionato e lavagem de dinheiro usando empresas de capitalização. Apontam ainda que as empresas fechavam parcerias com digitais influencers para vender os títulos, que não eram premiados.