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Golpes

Golpes contra clientes de bancos crescem 165% em 2021

Aumento foi acompanhado pela adesão dos brasileiros ao mobile banking

Foto: Divulgação
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Golpes que dependem da "engenharia social" são os mais aplicados

01 novembro, 2021

De acordo com um levantamento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em meio ao aumento do número de adeptos à internet e mobile banking – cerca de metade das transações feitas em 2020 foram feitas através do celular – cresceu também o número de golpes contra os clientes de bancos. O aumento dos golpes foi de 165% no primeiro semestre deste ano em comparação com o primeiro semestre de 2020. Se aproveitando da falta de conhecimento de segurança digital e a inexperiência que muitos brasileiros ainda tem com essa modalidade bancária, os golpes mais aplicados são aqueles que dependem da "engenharia social", isto é, da manipulação de pessoas, através de um sentimento de urgência ou medo, para atuar em benefício dos golpistas, como, por exemplo, realizando transferências para os estelionatários. Nessas ocasiões, a Febraban informa que não há entendimento do banco que houve falha na segurança do sistema, mas sim falha humana da vítima e, portanto, não é cabível o ressarcimento.

Os golpes mais comuns

Falso funcionário
Neste golpe, o estelionatário liga para a vítima e finge ser funcionário do banco com o qual a vítima tem conta. Na ligação, ele informa a vítima sobre problemas com a conta, como clonagem do cartão, compras irregulares, ou falhas na segurança do sistema. A fim de sanar os problemas, o falso funcionário pede diversas informações e pede que a vítima digite a senha do cartão, que será utilizada pelo golpista para acessar a conta e roubar os valores.

Falso motoboy

Similar ao anterior, nesse golpe o criminoso após conseguir a senha, informa que o cartão da vítima será cancelado por motivos de segurança e haverá a expedição de um novo e, por isso, um motoboy irá passar para efetivar o recolhimento do antigo. Para passar uma sensação de segurança, ele pede para que o cartão seja cortado ao meio. No entanto, com o chip ainda intacto e a senha, o cartão é válido para uso e os golpistas podem fazer saques e transações no nome da vítima.

Phishing

Nesse tipo, o contato é feito por e-mail ou mensagens com links que levam a uma página falsa do banco. Lá o cliente ao tentar entrar em sua conta, acaba passando os seus dados sigilosos para os criminosos.

Descontos/empréstimos

Por último, há a modalidade em que os estelionatários oferecem um empréstimo ou um produto sob um desconto imperdível, com o intuito de criar urgência na vítima para que depositem o dinheiro e não perderem a oportunidade

Como se proteger

Para se proteger dos golpes, a Febraban informa que em nenhum contato verdadeiro de bancos será solicitada senha, números do cartão ou será pedido para realizar transferências. Tampouco o cliente deverá acreditar em ofertas ou descontos muito acima do normal. A entidade também aconselha a, sempre em dúvida, entrar em contato com o banco diretamente, através dos números informados na parte de trás do cartão. Nos casos dos golpes que envolvem páginas da internet, é sempre bom verificar se a página é verdadeira, e até entrar no site por algum outro método que não seja o link providenciado pelos criminosos. Também deve-se lembrar de certificar-se que a página é segura e certificada.