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Novembro de 2024
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Golpe

'Golpe da carta contemplada': entenda como agiam os criminosos

Três suspeitos saíram de Goiás, mas foram presos em Balneário Camboriú (SC) e Cuiabá (MT)

Foto: Divulgação/Polícia Civil
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Eloísa da Silva Ceccon (foto direita), Ayla Tamires Soares Cruz (meio) e Lucas Gabriel Uliano (foto esquerda) são suspeitos de aplicar "golpes da carta contemplada"

03 julho, 2024

Dez pessoas foram vítimas de um golpe que prometia acelerar a contemplação de uma carta de crédito para financiamento da casa própria, em Goiânia. Segundo a Polícia Civil, o prejuízo chega a R$ 200 mil, tendo como foco pessoas de baixa renda. Entenda abaixo como o esquema funcionava. Eloísa da Silva Ceccon, Ayla Tamires Soares Cruz e Lucas Gabriel Uliano (fotos acima) foram presos, na terça-feira (2/7), suspeitos de usarem a empresa Larconnex Representações Financeiras, com sede no Setor Oeste, bairro nobre de Goiânia, e outros CNPJs para induzir consumidores a erro na contratação de contratos de consórcio. O g1 não encontrou a defesa do trio e nem da empresa até a última atualização da reportagem. Um processo sobre o caso foi aberto no Tribunal de Justiça de Goiás sob sigilo e nenhum advogado consta como habilitado. A Polícia Civil autorizou a divulgação de nome e imagem dos investigados. De acordo com a delegada Débora Melo, durante as investigações do caso, os três suspeitos saíram do estado de Goiás, mas foram localizados e presos em Balneário Camboriú (SC) e Cuiabá (MT). No total, foram cumpridos três mandados de prisão temporária e quatro mandados de busca e apreensão em Goiás e nos outros dois estados. “A pessoa era atraída por um anúncio de um imóvel específico. Chegando lá, era iludida a assinar um contrato de consórcio, sem saber como funcionava. Porque no consórcio, você precisa dar um lance, ser contemplado ou ser sorteado, não é uma coisa rápida, imediata. E essas pessoas achavam que obteriam o valor da carta de crédito para comprar o imóvel em uma semana, em dois meses. E são pessoas muito humildes. Diaristas, cozinheiros, que juntam R$ 15 mil ou R$ 20 mil durante uma vida toda e ficam com esse prejuízo”, explicou.

Golpe era aplicado desde 2019
As investigações tiveram início em abril, depois que uma reportagem foi divulgada falando sobre os golpes aplicados em uma sala comercial no Setor Oeste. A Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon) ouviu dez vítimas e identificou que o grupo tinha recém se instalado em Goiânia, mas aplicava golpes no estado do Mato Grosso pelo menos desde o ano de 2019. “Se você foi nessa sala comercial no Setor Oeste, se você assinou um contrato de consórcio sem saber como que funcionava esse contrato, procure a delegacia do consumidor, registre sua ocorrência, traga toda a documentação, que isso é muito importante tanto para o seu ressarcimento, quanto para que a gente possa responsabilizar esses indivíduos que enganaram tantas pessoas”, orientou a delegada.