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Abril de 2024
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Chorão

Gilmar Santos chora ao participar de culto após sair da prisão

Pastor participou de vigília evangélica em Aparecida de Goiânia na madrugada deste domingo (26/6)

Foto: Reprodução/Youtube
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Pastor Gilmar Santos chora ao participar de culto quatro dias após sair da prisão, em Goiás

26 junho, 2022

Investigado por supostos desvios no Ministério da Educação (MEC), o pastor Gilmar Santos chorou ao participar de um culto, na madrugada deste domingo (26/6), quatro dias após sair da prisão (veja o vídeo acima). Sem citar diretamente a apuração da Polícia Federal sobre supostos desvios de verbas no Ministério da Educação, em que foi citado pelo ex-chefe da pasta Milton Ribeiro como sendo um indicador de recursos públicos para prefeitos, o pastor disse que acredita em uma "guerra" religiosa. "Esta guerra não é contra um, é contra o Evangelho, contra a família que ensinamos, contra os pilares que a igreja evangélica ensina", disse Santos, chorando aos fiéis que acompanhavam o evento. A vigília foi realizada em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, entre às 18h de sábado e 6h deste domingo, com a participação de vários pastores. Gilmar pregou entre 1h40 e 3 horas da manhã. O pastor falou que ainda não vai comentar o caso e que na hora certa vai falar com a imprensa. O religioso foi preso numa operação da PF na quarta-feira (22/6), junto com o ex-ministro Milton Ribeiro. Gilmar Santos disse em sua rede social após deixar o presídio que é inocente e que prisão foi ilegal. Gilmar Santos relatou em uma entrevista, em 9 de abril de 2021, que cooperou para fazer a aproximação entre prefeitos e o ex-ministro da Educação. Esse papel teria sido desempenhado quando Milton estava à frente da pasta (assista acima). O ex-chefe do MEC também participou da entrevista a uma emissora de televisão a convite de Gilmar. O g1 pediu uma nota ao Ministério da Educação no sábado (25/6), às 9 horas, por e-mail, sobre a suposta influência que o pastor teria na pasta e aguarda retorno.

Investigação
Os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura são investigados por atuar informalmente junto a prefeitos para a liberação de recursos do Ministério da Educação. Além deles, também foram presos o ex-ministro, o ex-assessor da Prefeitura de Goiânia Helder Barbosa e o ex-gerente de projetos da Secretaria Executiva do Ministério da Educação (MEC), Luciano Musse. O nome de Gilmar foi citado por Milton Ribeiro em áudios divulgados em março. Nas gravações, o ex-chefe do MEC indica que a prioridade de repasse de verbas seria ditada por dois pastores, a pedido do presidente Jair Bolsonaro. Depois, novo áudio do ministro foi divulgado negando os favorecimentos. Na época, o religioso negou participar de "gabinete paralelo".