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Combustíveis

Gasolina e diesel ainda tem margem para subir mais

O aumento de preços tem um efeito cascata

Foto: FILIPE ARAUJO/AFP via Getty Images
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Segundo Abicom os preços da gasolina e do diesel praticados no país estão defasados aos valores internacionais

13 janeiro, 2022

Na segunda-feira (11/01) a Petrobras anunciou o aumento nos preços do óleo diesel e da gasolina. Mesmo com a elevação, válida desde a terça-feira (12/01), o preço dos derivados de petróleo está abaixo dos valores comercializados no exterior. De acordo com a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis) os preços praticados no Brasil estão defasados. Segundo a associação, a gasolina deveria subir mais 6% e o óleo diesel precisaria de um acréscimo de 7%. Para equipar a Petrobras teria que elevar o preço da gasolina e do óleo diesel em R$ 0,19 e R$ 0,25 no preço do litro, respectivamente. No anúncio do dia 11, a Petrobras informou os valores médios oferecidos às distribuidoras, a gasolina a R$ 3,24 e o diesel a R$ 3,61. A petrolífera brasileira pratica a paridade de preços nos combustíveis em comparação ao mercado externo, pois o Brasil precisa importar combustíveis. Caso não pratique a equiparação as distribuidoras terão um grande prejuízo na hora de revender ao consumidor e com o tempo podem parar de importar os combustíveis. Além do dólar alto, variando há semanas na casa dos R$ 5,65, o preço do barril de petróleo também está alto, cotado em aproximadamente R$ 474 (U$ 84). Fatores que implicam para o aumento dos preços dos combustíveis. O aumento de preços tem um efeito cascata. Com grande parte dos produtos e serviços são transportados por meio de veículos movidos a combustão, o preço da gasolina e do diesel impacta em alimentos e serviços, por exemplo. Em 2021 a gasolina encareceu 47,49% e o óleo diesel subiu 46,04%. Em média os combustíveis tiveram uma alta de 49,02% no ano passado .

Fontes:CNN e IG