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Ex-trabalhadora rural vira modelo

Natalia Machado criada em Abadia dos Dourados, uma cidade bem pequena do Trîangulo Mineiro sonhava com uma carreira como as das moças que via nas revistas que chegavam vez ou outra na roça

Foto: reprodução/ instagram
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Natália: “Sempre que volto 'pro mato', recarrego as energias e conecto com o calmo, com o natural e o orgânico"

10 dezembro, 2020

Abadia dos Dourados (MG) - Uma vida baseada em acordar às 4h e já de pé estar em meio a galinhas e porcos, ou ajudando o pai na lavoura. Essa foi a infância e adolsecência de Natalia Machado. Criada em Abadia dos Dourados, uma cidade bem pequena do Trîangulo Mineiro, a menina sonhava com uma carreira como as das moças que via nas revistas que chegavam vez ou outra na roça. Hoje é Natalia Machado que inspira meninas que, como ela, querem deixar o trabalho rural para encarar uma passarela. Foi o que aconteceu com a mineira, de 23 anos. “Muitos falavam que eu deveria ser modelo, mas a vida era simples e eu morava afastada. Subia num morro pra poder telefonar! Não tinha Internet, nem redes sociais. O acesso à informação era difícil e eu não sabia como poderia ir em busca. Colocava o salto da minha mãe e ficava me imaginando na passarela”, recorda. Ao terminar a escola, Natalia se mudou para uma cidade bem maior. Fez cursinho em Uberlância e buscou informações de como realizar o sonho que dividia com seus bezerros na fazenda. “Comecei a me informar, seguir as agências, e foi então que, em 2016, a WAY Model me viu. Logo recebi um convite para fazer uma avaliação em São Paulo, então resolvi tentar”, diz. Os trabalhos no Brasil foram acontecendo e em alguns anos a moça cconseguiu os primeiroas contratos internacionais, se tornando queridinha de grifes, como Dolce & Gabbana, para qual ja desfilou na Semana de Moda de Milão, e fotografou. Da vida no campo, ela lembra bem e com saudade. “Desde sempre, cultivamos o que vamos comer. Eu capinava, plantava e colhia alface, tomate, mandioca, arroz....Tudo o que a terra dá! Pescava, fazia queijo — coalhando o leite que tirávamos das vacas—, fazendo todo o processo que aprendi com meus pais", relembra: “Iniciava os trabalhos com meu pai, em torno de 4h30 da manhã, para tirar o leite das vacas. O trabalho era pesado, mas, para mim, era habitual. Eu faria o que fosse necessário para poder ajudar em casa. Depois, ia para escola, onde passava o resto da manhã, e à tarde voltava a ajudar nos afazeres da fazenda”. Apesar de ter se tornado uma mulher cosmpolita, as raízes estão bem fincadas na terra vermelha batida e empoeirada: “Sempre que volto 'pro mato', recarrego as energias. Me conecto com o calmo, com o natural e o orgânico".

Fontes: Yahoo Notícias / www.poptvnews.com.br