Segunda-feira, 25 de
Novembro de 2024
Geral

Investigação

Ex-gerente é investigada pela PF por desvio de R$ 1,6 milhão de contas do Banco do Brasil

Agentes cumprem mandados de busca e apreensão também em Goiânia e no Distrito Federal

Foto: Reprodução/Google Maps
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Agência do Banco do Brasil de Itapirapuã - Goiás

06 outubro, 2022

Uma ex-gerente é investigada pela Polícia Federal por desvio de R$ 1,6 milhão com fraudes em contas correntes do Banco do Brasil. Segundo a PF, desvios de recursos eram feitos nas agências de Quirinópolis, Padre Bernardo e Itapirapuã. Em nota ao g1, o Banco do Brasil informou que conta com estrutura dedicada à prevenção e apuração de fraudes e que a conduta de funcionários envolvidos em irregularidades é analisada sob o aspecto disciplinar, com soluções administrativas que vão desde a advertência e suspensão até destituição do cargo, a demissão sem justa causa e demissão por justa causa. A instituição ainda informou que, quando detecta irregularidades, repassa as informações para as autoridades competentes e colabora com as investigações. O banco não informou valores envolvidos, mas antecipou que não houve prejuízos aos clientes. A Operação Downgrade acontece na manhã desta quinta-feira (6) e cumpre 10 mandados de busca e apreensão nas cidades goianas citadas e também em Goiânia e Brasília. Ao todo, 40 agentes da PF estão envolvidos e os mandados foram expedidos pela 11ª Vara Federal da Seção Judiciária de Goiânia. Os nomes dos envolvidos e da ex-gerente não foram divulgados, por isso, o g1 não conseguiu localizar as defesas para que se posicionassem até a última atualização desta reportagem.

Fraudes
De acordo com a PF, uma auditoria interna revelou que entre os anos de 2016 e 2020 a funcionária teria praticado diversas operações financeiras irregulares, como saques em contas de clientes com senhas inválidas, agendamentos de pagamentos de boletos sem autorização e empréstimos irregulares. A investigação apontou que, após o sigilo bancário da gerente ser quebrado, ficou constatado que ela identificava clientes em processo de renegociação de dívidas junto ao banco, para então, aplicar uma taxa de desconto maior, contrariando as normas e, assim, desviando a diferença em benefício próprio, do marido e da empresa do esposo. Entre as transações feitas, também estão: renegociações ilegais, transferências e de desvios de recursos de empréstimos e financiamentos, além de fraudes e débitos, sem autorização, em contas de clientes. "Alguns clientes obtiveram vantagens indevidas com essas operações. Os investigados podem responder por gestão fraudulenta, desvio de recursos de instituição financeira, podendo pegara até 10 anos de prisão", disse o delegado da PF Rafael Valadares de Oliveira.