Sábado, 30 de
Novembro de 2024
Geral

Agressão

'Eu posso o que eu quiser', disse PM goiano à empresária antes de dar tapa na sua cara

Imagens mostram o momento em que ela é agredida e cai, em Anápolis. Polícia Militar informou que não compactua com desvio de conduta e que investiga o caso

Foto: Reprodução/TV Anhanguera
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Policial é filmado dando tapa em rosto de empresária em Anápolis

20 setembro, 2022

O policial militar que foi filmado dando um tapa no rosto de uma empresária disse a ela que ele podia fazer o que quisesse ao tentar impedir que a vítima gravasse o momento em que o marido dela era preso por desacato. Imagens mostram o momento da agressão, em Anápolis (veja acima). A PM apura o fato. O caso aconteceu na segunda-feira (19/9). A mulher explicou que a confusão começou porque o marido dela, que trabalha com a venda de verduras, foi ao Ceasa, no Setor Sul Jamil Miguel, cobrar uma dívida de cerca de R$ 20 mil. O homem falou que subiu na cabine do caminhão do devedor para cobrá-lo. O casal afirmou que o devedor resolveu chamar a polícia. A mulher disse que foi agredida porque estava filmando o marido ser preso (como mostra o vídeo acima) e que o PM tomou o celular dela para apagar a gravação. Como o nome do policial não foi divulgado, até a última atualização desta reportagem, o g1 não havia conseguido localizar a defesa dele para que se posicionasse. Em nota enviada ao g1, a PM informou que não compactua com tal desvio de conduta, que determinou a abertura de um Inquérito Policial Militar (IPM) e que afastou o policial da função operacional até o final da apuração. O marido da vítima foi encaminhado à delegacia. Por conta da briga, o homem prestou depoimento e pode responder por desacato. A esposa não registrou ocorrência, pois informou que sente medo. “Ele [o policial] falou que não era pra eu filmar, foi lá e apagou a filmagem. Logo em seguida outro policial veio até mim, me mandou calar a boca, me xingou de vários nomes e falou que, se eu não calasse a boca, que ele ia me dar um tapa na cara”, contou a empresária. “Ele não poderia ter feito isso, ainda mais por eu ser mulher. Eu errei em ter falado, mas ele errou muito mais em me dar o tapa", finalizou a mulher. A Polícia Civil informou que, como o crime aconteceu com o policial em serviço, o inquérito deve transcorrer na Polícia Militar, por se tratar de um crime militar.