O Corpo de Bombeiros resgatou uma sucuri verde que estava no quintal de uma casa em Itumbiara, no sul de Goiás. De acordo com a corporação, o animal não tinha ferimentos. Especialistas explicaram sobre a espécie, que não é venenosa. O resgate aconteceu sexta-feira (10/2). Os militares contaram que soltaram o animal na natureza. O comprimento do bicho não foi divulgado.
A espécie
De acordo com a médica veterinária Luana Borboleta, a espécie resgatada é de uma “Eunectes murinus”, conhecida como “sucuri verde”. A profissional explicou que é a maior serpente do Brasil. "Ela é a maior, mais conhecida e que tem a maior área de distribuição. É a anaconda brasileira, a maior serpente do Brasil e a segunda maior do mundo (perde pra piton reticulada)", disse. Segundo Luana, é um animal que tem hábito semi-aquático, que ficam perto de rios, lagos e brejos. “O macho pode chegar a 3 metros e a fêmea a 6. A maior registrada tinha 8 m e mais de 200kg, mas é incomum. A do zoológico criou a 7,1m fêmea”, detalhou. O biólogo Edson Abrão completou que a sucuri não é venenosa, mas constritora, que são cobras que usam a força muscular para imobilizar e matar presas por asfixia. "É um réptil que gosta de nadar e pode se alimentar dentro da água, ela ela aperta esse animal e mata, existem exemplares que ela alimenta de animais mortos, mas não é o mais comum", disse. A médica veterinária disse que a espécie também é encontrada na Colômbia, Paraguai, Venezuela, Equador, Bolívia, Peru, Guiana, Guiana Francesa, Suriname e Trindade e Tobago. São animais ovoviviparos, dão a luz grande quantidade de filhotes, podendo chegar a mais de 50. "A média de vida varia muito entre cativeiro e vida livre, mas vivem mais de 20 anos", finalizou Luana.
Espécies de sucuri:
Eunectes murinus (sucuri-verde)
Eunectes notaeus (sucuri-amarela)
Eunectes beniensis (sucuri-de-beni)
Eunectes deschauenseei (sucuri-malhada)