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'Dói na alma': Bolsonaro rompe o silêncio após derrota para Lula

"Alguns falam do meu silêncio. Há poucas semanas, se eu saísse aqui e desse bom dia, tudo seria deturpado, tudo seria distorcido", justificou

Foto: Divulgação
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O presidente Bolsonaro disse, ainda, que "é o povo quem decide o destino".

10 dezembro, 2022

Após 40 dias, o presidente Jair Bolsonaro rompeu o silêncio na sexta-feira (9/12) e disse que a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições presidenciais "dói na alma". "Estou há praticamente 40 dias calado. Dói, dói na alma. Sempre fui uma pessoa feliz no meio de vocês, mesmo arriscando a minha vida no meio do povo", disse Bolsonaro ao falar a apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, em Brasília. "Alguns falam do meu silêncio. Há poucas semanas, se eu saísse aqui e desse bom dia, tudo seria deturpado, tudo seria distorcido", justificou. O presidente permaneceu em silêncio e quase sem agenda pública depois que Lula venceu o segundo turno, em 30 de outubro, por uma estreita margem: 50,9% a 49,1%. Desde então, Bolsonaro participou de seu primeiro evento oficial em 26 de novembro em uma academia militar. Após a derrota, milhares de apoiadores bloquearam rodovias e protestaram em frente a quartéis militares, pedindo uma intervenção das Forças Armadas para impedir a posse de Lula, em 1º de janeiro. Bolsonaro considerou nesta sexta que "as Forças Armadas são essenciais em qualquer país do mundo  (...), são o último obstáculo para o socialismo". O presidente disse, ainda, que "é o povo quem decide o destino". "Quem decide o meu futuro, para onde eu vou, são vocês. Quem decide para onde vão as Forças Armadas são vocês", acrescentou, destacando que "vivemos um momento crucial, uma encruzilhada". Enquanto avança a transição, Lula anunciou os cinco primeiros ministros de seu gabinete: Fernando Haddad para a Fazenda, Rui Costa para a Casa Civil, Flávio Dino para a Justiça e Segurança Pública, José Múcio Monteiro para a Defesa e Mauro Vieira para as Relações Exteriores.