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Dívidas

Dívida de igreja e editora de Malafaia chega a R$ 4,6 milhões

A Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo sozinha deve R$ 2,89 milhões

Foto: Paula Fróes/BA Press/Futura Press
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Malafaia é sócio-administrador da empresa, ao lado de Elizete, sua esposa e sócia

17 maio, 2021

A Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo e a editora Central Gospel, ambas do pastor Silas Malafaia, acumulam juntas uma dívida de R$ 4,6 milhões em impostos e contribuições previdenciárias. Dos valores inscritos na dívida ativa da União, R$ 1,3 milhão está sendo parcelado. As informações foram acessadas pelo portal UOL pela Lei de Acesso à Informação. O valor devido é quase três vezes maior que em dezembro de 2018, quando as instituições acumulavam R$ 1,59 milhão em débitos, de acordo com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN). Malafaia é sócio-administrador da empresa, ao lado de Elizete, sua esposa e sócia. Apenas a Igreja soma um total de R$ 2,89 milhões em dívidas. Já a editora, que desde 2019 está em recuperação judicial, possui uma dívida ativa de R$ 1,76 milhão - além de dever R$ 26 mil em CSLL (Contribuição Social do Lucro Líquido). A CSLL foi pauta recentemente, por conta de uma alteração na legislação promovida pelo governo Bolsonaro e pela bancada evangélica, que buscava proteger as igrejas de “absurdas multas”. A mudança poderá significar um perdão bilionário às dívidas de instituições religiosas, de acordo com a Receita Federal. Em entrevista ao UOL, Malafaia afirmou que pagou R$ 7 milhões em impostos desde 2018. Além disso, explicou que parte das dívidas está sendo questionada na Receita e na Justiça, em parte com base na alteração da CSLL. “Bolsonaro não aumentou tributo de igreja nenhuma. Não teve aumento de carga tributária para ninguém", garantiu o pastor, que é um dos principais aliados do presidente. Malafaia explica que o aumento da dívida se deve pelo renegociamento de débitos e trâmites que envolvem a nova legislação. "São argumentos de advogados junto às instâncias da Receita Federal. Estamos dentro dos parâmetros legais que qualquer instituição, de lucro ou sem lucro, dentro do escopo legal de questionar qualquer questão tributária”, afirmou. Outra questão apontada pelo pastor é a abertura de novas igrejas. "Para se ter ideia, agora, estamos inaugurando oito igrejas. Isso requer secretário, zelador, pastor e tudo isso”, contou.

Fontes: UOL / Yahoo Notícias / www.poptvnews.com.br