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Defesa do prefeito de São Simão preso por suspeita de crimes sexuais pede o afastamento dele do cargo

Advogado alegou problemas de saúde de Assis Peixoto e que ele precisa de tempo para se defender. Político está detido há 11 dias

Foto: Reprodução/Facebook
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Prefeito de São Simão, Assis Peixoto, investigado por suspeita de envolvimento em crime sexual contra menor, em Goiás

10 agosto, 2021

Goiânia (GO) - A defesa do prefeito de São Simão, Francisco de Assis Peixoto (PSDB), que foi preso por suspeita de crimes sexuais, pediu o afastamento dele do cargo de chefe do poder executivo por 90 dias. O advogado Edmundo Dias informou que o político está com problemas de saúde. “É uma isenção para se defender. Inclusive, contra acusações de que estariam usando do seu cargo, problemas graves de saúde, pois sofreu um aneurisma cerebral há algum tempo e tem hipertensão”, justificou o advogado.
O prefeito foi preso no dia 28 de julho em Goiânia. O Ministério Público de Goiás (MP-GO) informou que sete pessoas já denunciaram o prefeito ao órgão, até esta segunda-feira (9/8). O processo está sendo finalizado e a denúncia contra o político deve ser oferecida à Justiça até a próxima sexta-feira (13/8).O presidente da Câmara de São Simão, Lucas Barbosa, disse ao G1 que recebeu o pedido às 17h31 e que fará uma reunião com os vereadores na terça-feira (10) para analisar o pedido. O político está detido há 11 dias  no presídio de Aparecida de Goiânia. A defesa também entrou com uma nova solicitação de de relaxamento da prisão preventiva do político. Conforme apurou a TV Anhanguera, o pedido foi feito diretamente ao juiz da cidade e está sendo analisado. Garoto que recebeu ligação de prefeito suspeito de crime sexual diz que ficou surpreso: ‘Não esperava que aparecesse pelado’. Jornalista denuncia que foi abusado pelo prefeito de São Simão quando criança: ‘Levou minha mão até a sunga’.

Denúncias
Entre as denúncias, está a da mãe de um adolescente de 15 anos, que preferiu não se identificar, contou que o prefeito fez várias videochamadas com o filho e, em uma delas, mostrou as partes íntimas. “Ele fez outra videochamada, aí mostrando as partes íntimas dele. Teve outra videochamada, só que meu filho foi tão inteligente que ele gravou a chamada. Falei: ‘meu filho, isso é caso de polícia, não está certo’”, contou a mãe. O filho dela disse que ficou surpreso com a ligação. “Não esperava que aparecesse pelado. Depois que nós terminamos a ligação ele falou que queria colocar o trem dele em mim, falou que queria marcar encontro”, disse o adolescente. A mãe contou que o prefeito se aproximou do filho por meio de mensagens de celular. “Meu filho recebeu uma mensagem escrita: ‘bem-vindo’. Ele perguntou quem era. Aí ele se identificou e falou: ‘é o Assis’. Meu filho perguntou se era o prefeito. Ele respondeu que sim", explicou. O jornalista Luís Manuel Lima de Araújo, de 30 anos, também procurou o MP e denunciou que foi abusado pelo prefeito quando criança. “Na primeira vez, eu estava cercado com meus amigos na piscina, brincando, conversando. Eu tinha 9 para 10 anos de idade, quando ele segurou minha mão por debaixo da água e levou minha mão até a sunga dele. E eu pude notar que ele estava excitado sexualmente”, disse.
O jornalista conta que ficou traumatizado após ser vítima do prefeito. Os abusos teriam acontecido até os 16 anos. “A qualquer instante, a qualquer local onde ele estivar seguro de olhares, sozinho, isolado, é um toque que ele faz, uma palavra obscena que ele diz”, disse. 

Veja os crimes em que Assis Peixoto é investigado:

Artigo 241A do Estatuto da Criança e do Adolescente: Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por qualquer meio, inclusive por meio de sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente. A pena é de prisão de quatro a oito anos, e multa;
Artigo 215A da Lei 2848: Praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro, com pena de reclusão de um a cinco anos de prisão.