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Fraude

Colar de ouro, carros e motos de luxo: bens comprados por grupo suspeito de simular roubos de veículos

Segundo a polícia, investigados são suspeitos de comunicação falsa de crime, estelionato, receptação e lavagem de dinheiro

Foto: Divulgação/Polícia Federal
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Foto de colar de ouro, carros e moto de luxo que foram adquiridos por investigados e ostentados nas redes sociais

04 maio, 2023

Uma operação da Polícia Federal para combater fraudes de seguro de veículos cumpriu três mandados de prisão e de 12 busca e apreensão nos estados de Goiás, Mato Grosso, Pará e Paraná. A polícia explicou que o grupo ostentava uma vida de luxo e, para isso, comprava itens como colar de ouro, carros e até motos de luxo. Diversos itens, segundo o delegado Mario Sérgio Ribeiro, foram apreendidos nesta quinta-feira (4/5). Dois camaros foram apreendidos, embarcações, duas motos de alta cilindrada e a apreensão desses veículos com certeza servirá para o combate deste tipo de criminalidade", disse o delegado. Como o nome dos investigados não foi divulgado, o g1 não conseguiu localizar a defesa deles para um posicionamento até a última atualização desta reportagem. De acordo com a Polícia Federal, o grupo é suspeito de simular roubos de veículos para receber o valor do seguro. A suspeita é que os itens de luxo tenhham sido comprados com dinheiro vindo do crime. "São pessoas que têm do crime o seu modo de subsistência e não tinha condições lícitas de ostentar o padrão de vida que eles ostentavam", disse o delegado da PF, Mario Sérgio Ribeiro. Segundo a polícia, até o esta quinta-feira (4/5), o prejuízo estimado com o esquema já supera o valor de R$ 2 milhões. As investigações da Operação Escroque, como foi nomeada, iniciaram em outubro de 2022. Os mandados foram cumpridos nas cidades de Goiânia, Aragarças, Barra do Garças e Confresa, no Mato Grosso, Santana do Araguaia, no Pará e Londrina, no Paraná. Além das três prisões que foram cumpridas mandados, uma quarta pessoa também foi presa durante a operação.

Como funcionava a fraude?
Segundo a Polícia Federal, um integrante do grupo ligava para o seguro e agia como vítima. No contato com a seguradora, informava o furto ou roubo de um veículo ou carga segurada e pedia o ressarcimento do valor correspondente ao bem segurado. Posteriormente, o grupo vendia as cargas a terceiros. Já os veículos eram vendidos para proprietários de “desmanches”. Durante a investigação, a Polícia Federal encontrou diversas publicações de ostentação nas redes sociais dos suspeitos. Entre os itens, carros de luxo, colar de ouro e motos. A PF informou que os investigados são suspeitos de comunicação falsa de crime, estelionato, receptação e lavagem de dinheiro. O nome da Operação Escroque, segundo a Polícia Federal, faz menção aos que se apoderam de bens alheios por meio de fraude. A ação conta com o apoio da Polícia Militar do Estado de Goiás, Secretaria Nacional de Políticas Penais e Polícia Penal do Estado de Goiás.