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‘Chama o Meirelles’: Cotado para vice na chapa de Lula, ex-ministro se diz pronto para ajudar o país

Meirelles afirmou que é preciso diferenciar Lula do PT e que ex-presidente está sendo mal assessorado

Foto: Igor Do Vale
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Henrique Meirelles, atual secretário de Estado em São Paulo, diz que está pronto para ajudar o País

13 agosto, 2021

Cotado como possível vice na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a eleição de 2022, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles e atual secretário no governo de São Paulo, afirma estar pronto para ajudar o país em “momentos desafiadores” da economia brasileira. “Só não vou se não tiver condições mínimas para fazer um bom trabalho”, disse, em entrevista ao Bloomberg Línea. No entanto, ele alerta que ainda não houve convite. “O que não faço é decidir por hipóteses: se houver o convite ou o chamamento tal, qual será a minha decisão. Esse tipo de gasto de tempo inútil eu não tenho. Trabalho em cima de hipótese concreta”, disse. A presença de Meirelles na chapa poderia trazer confiança aos mercados e empresários, exatamente como fez quase 20 anos atrás como presidente do Banco Central, no governo Lula. Mas, para Meirelles, os mercados têm uma preocupação em relação às eleições de 2022 que não é de fato com o ex-presidente, e sim com declarações de integrantes do Partido dos Trabalhadores. “Economistas que se intitulam porta-vozes do PT - não sei se são - fazem declarações preocupantes porque propõem tudo aquilo que não dá certo: despesa pública elevada, [dizem que] gastar dinheiro é bom.. Esse discurso é preocupante porque a gente sabe o resultado, que aconteceu no Brasil por décadas. De tempos em tempos tinha uma crise, como ainda acontece em outros países da vizinhança”. “É preciso diferenciar o que é o Lula e o que é o PT, que faz essas declarações desencontradas da realidade do país. Quando o Lula fala que quer revogar o teto dos gastos, no mínimo, ele está sendo mal assessorado”, afirmou. O ex-ministro avalia que essas declarações são preocupantes. “Naquela época, ele [Lula] perdeu três eleições por questões assim. Em 2002, escreveu a Carta ao Povo Brasileiro, dizendo que não era nada daquilo: esqueçam tudo que eu disse porque agora o negócio vai ser pé no chão. E, de fato, foi pelo menos do ponto de vista monetário e fiscal, no primeiro mandato”, disse. “E agora? Será que ele vai mudar de novo? Vai escrever outra Carta ao Povo Brasileiro dizendo que aquilo que falou estava errado?”, questiona. Meirelles foi presidente do Banco Central de 2003 a 2011, ministro da Fazenda no governo Temer e candidato a presidente em 2018, quando lançou o bordão: "Chama o Meirelles". Atualmente, ele é secretário de Finanças e Planejamento no estado de São Paulo.